O problema em aderir à cultura do desapego que faz parecer legal não se abrir com ninguém – enquanto a gente passa o rodo – é que a praticidade e a duração dos instantes de prazer não são suficientes pra convencer a gente de querer ficar.
Um término – seja lá por qual motivo aconteça – é um dos momentos mais difíceis de enfrentar e quanto mais profundo o sentimento envolvido, pode até fazer um chute na virilha parecer menos doloroso.
Tudo começa com amor, ele é a base de profundas entregas e buscas que ultrapassam limitações; levando a conquistas improváveis. Ainda que custe a vida o fato de nos render é o que ressignifica e dá sentido a todas as coisas.
Da mesma forma o viés que "tudo o que é bonito é bom" torna a aparência atrativa, somos levados pelo inconsciente a valorizar a estética, feito mariposas em busca de luz. Algo que pode ser perigoso, levando a nos envolver com pessoas vazias.
Por mais que a cultura exalte a independência e o desapego do hedonismo que não possui nenhuma responsabilidade emocional com o outro, o "eu" é um fenômeno muito mais social que sua aparência interior faz parecer.
A preexistência da essência que soprou a vida em nós também pode ser encontrada na matéria a qual somos formados. Não apenas somos um universo particular em nossas complexidades: temos o universo dentro em nós.
Muito do que comentamos do outro, diz mais sobre quem somos que a gente gostaria de admitir, mas quando falamos de nós mesmos isso pode não traduzir a realidade. A ótica que utiliza intenções descritivas pra desenhar quem somos pode não ser exata.
A queda costuma estar associada a redenção, por lembrar de nossa proximidade ao chão, de sermos apenas pó. Dessa forma somos expurgados do orgulho, de nossa segurança e recursos, enquanto sofremos mudanças e amadurecemos.
Apesar de amplamente conhecidos por expressar alegria e felicidade, tristeza e dor, tanto o sorriso quanto as lágrimas vão além desse dualismo, podendo expressar uma gama imensa de significados.
Apesar das diversas adaptações e de sua imensa influência, o que Shakespeare narrou não foi um amor grandioso com sua força inevitável, mas que se entregar as paixões pode ser destrutivo.
A fé eleva nossa mente acima de todas as coisas, tornando o impossível em algo concreto enquanto move o sobrenatural. Ela acalma tempestades, cria caminho sobre as águas e planta árvores no mar.
Nascemos pra sorrir. Antes mesmo de nossa formação completa e de sermos observados por qualquer pessoa, um sorriso já se formava em nossos rostos. Mesmo bebês em estágio de desenvolvimento no útero sorriem.