Minissérie: Estio – Pimenta é refresco (Episódio 03)
Mishael Mendes/ Inversível

Estio – Pimenta é refresco (Episódio 03)

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Após escapar de uma gripe forte com ajuda do remédio caseiro da mãe e de esperar o tempo bom retornar, quando a chuva passou e o tempo abriu, Perê se arrependeu de abrir a janela porque o que viu foi a parentaiada surgir em peso pra acabar com o sossego necessário pra escrever.

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Passada a animação em rever o famosinho da família, começou a rodada de perguntas chatas e inconveniente sobre as namoradinhas, quando ia casar, entre outros assuntos que causa maior desconforto. Mas ninguém ganhava da tia Padroneira, que usava sua régua pra estabelecer os padrões de bom funcionamento da família – sendo a mais velha, a responsabilidade lhe recaía sobre os ombros. E nem adiantava reclamar.

— Mas tio é pra isso mesmo! – Ela fazia questão de reforçar pras reclamações ou caras feias a crença dos demais, afinal, o grau de parentesco possuído lhes autorizava total se meter nas vidas dos sobrinhos.

Se a coisa com parente está ruim, o melhor é ficar alerta porque dá pra piorar. Antes de Perê se dar conta, a conversa desandou pra um nível maior de dificuldade, com perguntas pra puxar o tapete e fazê-lo cair em contradição – onde ele era estimulado a falar mal de algo pra depois ser condenado pelas próprias palavras – inclusive querendo saber o motivo de largar os pais idosos tanto tempo, sem dar sinal de vida. Vacinado, ele soube conduzir as respostas e lembrou que seu Davi e dona Maria não eram debilitados, com disposição maior até que ele, tocavam o sítio mesmo naquela idade. Ainda assim, esse enfrentamento foi o menor dos males, já que não tocaram no assunto mais delicado: sua fuga pra começo de conversa.

Fazer coisas prazerosas toma a noção do tempo enquanto as horas são devoradas. No caso de Perê, ainda que fazer sala pros parentes tenha esticado os minutos, isso não resultou em ganho já que ele não conseguiu se concentrar na escrita; até porque lhes dar atenção não era optativo, se fosse pra algum lugar, alguém aparecia puxando assunto. Se não eram os adultos, os primos de segundo grau é quem perturbavam, até aquele momento ele desconhecia a existência dos menores e após conhecê-los achou melhor nunca ter feito isso, mas era tarde demais pra desconhecer as criaturinhas. Por algum motivo, Silas colou nele e na fase dos porquês perguntava de tudo, e não adiantava dizer “porque sim”, ele não aceitava isso como resposta.

No maior estresse

Porém, ninguém lhe abalou mais os nervos que a menor, com um senso de posse ilimitado e uma falta de educação gritante, não podia vê-lo com algo que agarrava com as mãozinhas e começava a dizer “MEU”.

— Esse aqui é do primo! – Uma risadinha histérica brotou quando a pequena deu o bote em seu celular de última geração.

— NÃO! MEU! – A despeito de seu tamanho, a garota tinha uma força pra puxar o celular. Mas nem seu desespero aparente foi suficiente pra comover os pais da terrorista ou mesmo seus avós. Antes, geral se derretia, achando graça em suas atitudes erradas.

— Deixa a menina brincar um pouco com o celular. – A voz de tia Peruana soou apaziguadora. Tudo o que lhe ocupou os pensamentos naquele momento foi dar umas boas palmadas na terrorista mirim, mas preso numa guerra de braços da qual não podia ganhar, não ousou se quer bronquear o pitoco que tinha a simpatia total dos espectadores.

Com a força usada por ela, bastava soltar que a garota voava longe, mas o golpe baixo podia machucá-la, então ele apenas cedeu, não por estar a fim de fazer média, mas porque resistir só prolongaria a chateação. Ainda que não tivesse sobrinhos ou convivesse com crianças, como um bom escritor era observador suficiente pra saber o quanto os pedaços de gente adoram desafiar a gravidade jogando tudo o que têm nas mãos. – Perê, a Lilinha é bem esperta. Deixa ela pegar o celular que você vai ver. – A tia falou mais uma vez enquanto ele pesava todos os contras por não ceder, num instante que pareceu interminável. Como o celular era aprova de quedas, acabou por ceder.

Assim que a garota se viu com o objeto desejado em mãos, correu saltitando pela casa. Quando seus pais viram a direção tomada por ela, o clima ficou tenso; eles até tentaram alcançá-la, mas tudo o que conseguiram foi chegar a tempo de ver o celular cair no vaso e ser dada descarga. O horror que tomou conta deles lhes imprimiu caretas no rosto, boca torta e uma gritaria pedindo pra não fazer aquilo – tudo em câmera lenta pra aumentar o impacto.

Da sala só se ouviu o reboliço, pouco depois surge Silas com o celular encharcado, pingando das mãos. Na hora que tia Peruana viu aquilo quis saber onde o aparelho foi encontrado, quando o menor explicou o que houve e como os pais ficaram chocados a ponto de nem conseguir pegar o celular, ela berrou e saiu arrastando o garoto. Germofóbica que era, precisou dar um banho completo no neto com uma solução antibacteriana caseira pra garantir que ele não seria devorado pelos micróbios.

Enquanto Silas sofria nas mãos da vó, reclamando que os esfregões estavam doendo, seus pais surgiram na sala cabreiros, se desculpando – embora a vontade fosse meter a cabeça no chão diante da vergonha experimentada.

— Dizem que se colocar no arroz cru, ajuda. – Clara tentou solucionar o estrago.

— Querida! Isso não deve funcionar. Mas diz aí, primão, quanto é que a gente resolve. – O primo foi pegando a carteira.

— Relaxa, Henrique, precisa não! – Perê tranquilizou o primo, imaginando se ele tinha alguma noção do quanto o aparelho custava. – O que a Clara disse tá certo, o arroz cru puxa mesmo a água, mas não preciso disso, ele é a prova d’água. – E balançou o celular funcionando.

— PERÊ! LARGA ISSO E VAI SE DESINFECTAR AGORA MESMO! – Tia Peruana se desesperou ao sair do banheiro, carregando Silas embaixo do braço, e ver o sobrinho com aquela coisa imunda.

— Tá bem! – Sem alarde, ele foi pro banheiro e se trancou lá. Sabendo que o vaso sanitário de dona Maria era mais limpo que muita pia de cozinha, usou apenas papel e álcool, depois lavou as mãos. Ao sair o clima estava num misto de tensão e sem-gracismo, seria essa a oportunidade pra Perê sugerir uma intervenção, como trancar a pequena num quarto com o Barney cantando “Amo você” um dia inteirinho? Quem sabe a lavagem cerebral fosse suficiente pra ela aprender a ser amável e a ter um pouco de educação, porque seus pais não pareciam estar tendo sucesso na empreitada; isso se fizessem a menor ideia de como criar a filha. Mas antes de poder sugerir qualquer coisa veio o chamado pro almoço e a galera debandou pra cozinha no mesmo instante, deixando Perê comendo poeira.

Pra não perder a boia ele se apressou e seguiu pro cômodo mais aconchegante da casa, onde todos são vistos da mesma forma, há sempre lugar pra mais um e o amor transborda em sabores e cheiros que envolvem a alma de carinho – por isso a cozinha sempre será o coração de um lar. Ao passar o batente da porta, ele foi recebido por uma mistura de odores que lhe encheu a boca de água e fez o estômago roncar – felizmente o ânimo das conversas era alto suficiente pro estrondo não ser ouvido. Apesar do cheiro bom, a quantidade de chatice contida na sala impediu do perfume chegar por lá, já ali a diferença se mostrou ao passar o batente da porta, o ambiente se saturou deixando todos com cores vivas, simpáticos e agradáveis.

Diante da mistura de arroz com feijão-de-corda, temperados com manteiga de garrafa, coentro, cebolinha e cebola; carne seca desfiada, linguiça calabresa, bacon, queijo coalho e pimenta biquinho, Perê se viu obrigado a se servir de uma porção caprichada do Baião de dois. Ele também curtia rubacão, a versão que parece um risoto de baião de dois, já que leva nata ou creme de leite, ainda assim ela não superava a receita tradicional de dona Maria, especialista em produzir refeições com um exagero de sabor, apenas usando temperos naturais.

Pra fechar, teve Romeu e Julieta de sobremesa. Terminado o almoço, Perê saiu pra respirar, longo seria o dia e além dos anjinhos, ainda tinha um bando de marmanjos pra furtar a calma que esperou encontrar no pedaço de paraíso de dona Maria e seu Davi, somando essa falta de sossego ao prazo prestes a estourar, seu estresse aumentou. Então, o cheirinho de terra molhada misturada ao odor de hortelã lhe refrescou o nariz, relaxando e trazendo lembranças da velha infância, que chegaram carregadas de uma melancolia a apertar o peito e a garganta. Vinda de um lugar desconhecido, a sensação tinha a ver com a decisão tomada num passado esquecido que agora retornava mesmo se esforçando pra tocar a vida. Felizmente não houve muito tempo pra ficar com sua solidão, Silas encostou e o arrastou pra dentro, fazendo ele chegar no olho do agito e babado pra tudo que é lado – não seria estranho se a confusão começasse a rolar dali a pouco.

Se a coisa não estava favorável, ficou sofrível, dona Maria iniciou a sessão melhores momentos constrangedores do Perê, com uma mente em ótimo estado – ainda que às vezes bugasse ao falar no plural – recordou cada coisa embaraçosa, pior: como se fosse a coisa mais linda do mundo, só porque aconteceu quando ele era pequeno. Até então todos esses vexames estavam perdidos no subconsciente e acabaram resgatados pra aumentar seu nível de desconforto. Quando bateu sua cota de constrangimento, ele usou como desculpa a verdade do prazo apertado pra sair vazado daquele ambiente.

— Como tá o conto, Perê? Terminou?

— Eita, dona Maria, de novo? Desse jeito fica difícil acabar. Sabe porque Deus fez o mundo em 6 dias?

— Por que ele quis? – Foi a resposta óbvia e natural dela.

— Porque não tinha ninguém perguntando quando ia ficar pronto.

— É que fico preocupada. – Apesar de séria, sua voz era calmaria.

— Tudo bem! Ajudaria mais se a senhora desse jeito nos pirralhos.

— Perê, criança é assim mesmo: impossível! Mas vô tentar.

O que quer que ela tenha feito, a coisa funcionou e as crianças pararam de ficar entrando no quarto pra incomodar.

— Hey, Perê! Acordado uma hora dessas?

— Esse horário é mais calmo pra escrever. Preciso terminar logo esse conto.

— Eita! Você ainda tá aí? – O tio Sensação curiou sobre os ombros dele. – Bom, é como dizem ‘devagar se vai longe’… só que demora um tempão! – E soltou sua risadinha sem graça.

Dividir o quarto com uma figura daquelas, era a prova que seus erros não ficariam impunes. Disposto a não lhe dar moral, apenas mostrou os dentes e voltou a atenção pro laptop, mas o tio começou a falar do guarda-roupa derrubadinho. Não bastava a criatura ser mala, também tinha que se meter caçando defeitos pela casa – característica essa possuída pelos demais parentes. De fones, Perê deixou a onda que o envolveu fluir de sua mente pros dedos, ao fazer uma pausa tio Sensação ressonava, bastou tirar os fones pro galo cantar. Empolgado, ele atravessou a madrugada num instante, e após inserir o ponto final, decidiu merecer um descanso, já passava das seis, dava pra revisar a história quando conseguisse acordar.

Por volta das dez, os roncos do hóspede inconveniente estavam altos demais pra ignorar – nem dormindo ele dava sossego – e Perê foi forçado a acordar.

— POFT!

— Que tá pegando? – Atordoado, tio Sensação acordou com o violento beijo do travesseiro.

— Tá na hora de levantar, cara! – A impaciência por acordar antes de bater sua cota de sono o tomou.

— Mas já? – Com os olhos carregados de sono, ele se negou a acreditar.

— Passou das dez!

— Deve ter um jeito melhor de começar o dia que acordando cedo todas as manhãs. Ainda mais às dez da madrugada! – Ele franziu a testa. – Como você me acorda na melhor parte do sono, garoto?

“Meu D-s esse cara existe de verdade ou só tô sendo trolado grandão?” – Perê não recordava quão surreal tio Sensação conseguia ser.

— Não sei como alguém conseguiu dormir nessa casa com aquele furacão vindo do meu quarto. – Ele soltou ao entrar na cozinha.

— É memo!? Pois dormi bem pakas. – Henrique fez a exclamação de Perê parecer não passar de exagero, ainda mais porque geral concordou.

— Serião? – Ele desacreditou. – E como vocês conseguiram?

— Ah! A gente tava com tampão no ouvido. – A cara deslavada de Henrique deixou Perê passado. Quando nos olhos dos outros, pimenta é refresco.

“Qualé? Pelo menos podiam ter avisado!” – Ele se viu pronto a falar, mas como não havia o que fazer, fazer nada era a opção pra não começar o dia se estressando. Essa pareceu a melhor opção até perceber a mesa quase vazia – mais um pouquinho e a mundiça teria devorado tudo. Ainda deu tempo de agarrar um pãozinho que passou manteiga e recheou com queijo; e teve de se conformar só com isso. Se a caixa de leite não estivesse vazia, dava pra criar a combinação perfeita de sabor, complementando o sanduíche com chocolate quente.

— Cê é gay?

— PUUH! – Henrique até cuspiu o café.

— Quê? – Perê desacreditou nos ouvidos, nunca esperou nada assim de um pirralho.

— Se cê é gay? – Silas insistiu.

— Não que eu saiba, por quê?

— Cê vive sozinho, nunca namorou.

— Talvez seja gay quem disse isso pra você! – Sem dar a menor atenção ao assunto, sua tiradinha friamente calculada causou o efeito desejado.

— É não! Minha mãe…

— Tá dizendo que tá na hora do seu banho! — Clara interveio antes do pequeno linguarudo tornar a situação mais embaraçosa.

— NÃO, MÃE! BANHO NÃO! – Sem se importar com o desespero do garoto, Clara saiu puxando o pirralho. O nível de cor a queimar suas bochechas denunciava o quanto ficou sem graça – e a vergonha alheia foi tamanha que geral saiu da mesa um a um com uma desculpa qualquer.

A ironia nessa situação é que esse tipo de suspeita só costuma recair sobre o gênero masculino, enquanto as mulheres podem optar pela solteirice sem isso levantar dúvidas sobre sua sexualidade, antes são tidas como independentes, igual à tia Padroneira que escolheu tanto até ficar pra titia. Dado que ele não tinha obrigação nenhuma de dar satisfação pra parentes que não pagavam suas contas, ainda mais a um pirralho sem noção, ficou de boas. E daí se nunca teve namorada? Por enquanto ele só queria curtir. Após essa experiência, Perê ganhou propriedade suficiente pra escrever um guia de sobrevivência aos parentes, além de obter uma certeza que nem os roncos do tio Sensação abalariam: não queria filhos de jeito nenhum, ele não tinha preparo psicológico algum pra isso – e talvez nunca fosse ter, ainda mais depois dessa vivência.

O segredo pra se manter animado mesmo nos momentos estressantes é focar em coisas boas, como que dali a alguns dias a parentaiada iria embora. No fim a situação serviu pra espantar as dragas e ser possível tomar café sossegado. Falando em café, deveria ter uma forma melhor de se referir a refeição matinal que café da manhã, porque ela não contempla quem não gosta da bebida.

Como um pãozinho não era suficiente pra matar o leão que despertara dentro dele, Perê correu pra geladeira onde achou umas frutas esquecidas.

— Deixaram nada pra mim! – Decepcionado, o tio Sensação surgiu na hora em que Perê devorava as sobras com a porta da geladeira aberta.

— É como diz o ditado: ‘boi ronceiro bebe lama’. – Com a boca lambuzada de fruta, sua cara de pau não podia ser maior.

Faltando apenas a revisão do conto, Perê aproveitou o tempo ameno pra fazer isso longe dali e sua escolha se mostrou acertada, Clara tentava fazer os pirralhos aquietar, sem sucesso algum: eles estavam impossíveis.

— Pode deixar, Clara, o Perê leva as crianças. – Dona Maria o sentenciou enquanto ele se aproximava da saída sem fazer barulho pra dar fuga dali.

— Eu? – O choque que lhe atravessou naquele momento o congelou onde estava.

— Você! – Ainda que seu questionamento tenha sido confirmado, aquilo soou surreal demais pra Perê. – Eles querem conhecer o lugar, assim a gente consegue limpar a casa.

— Ninguém quis levar eles pra conhecer? Por que será?

— O quê? – Clara quis saber o que foi resmungado pelo primo.

— Nada! – Ele ficou desconfiado. – Só tava dizendo que tenho muito o que fazer.

— Poxa, Perê! Os dois gostam tanto de você. – Seu tom ficou cantarolado e as pupilas dilataram ao fazer o pedido.

— É que preciso revisar o conto logo e isso me exige atenção.

— Eles vão se comportar, né, crianças? – Ela buscou a confirmação dos filhos que agitaram a cabeça cheios de ânimo e vigor, aumentando o receio de Perê sobre o que esses anjinhos podiam aprontar fora das vistas da mãe. – Você nem vai perceber que eles estão lá.

— Tá bem, eu levo eles! – A resposta só saiu após um momento de tensão, onde ele percebeu não haver jeito de fugir, assim, aceitou a pena a contragosto, mesmo sabendo que a situação era maior roubada.

— ÊEEE! – Os pirralhos comemoraram.

— Isso aí, Perê! – Surgindo direto de o raio que o parta, tio Sensação deu um baita tapa nas costas do sobrinho que quase fez sua alma pular boca afora. – Dá pra matar 2 coelhos com uma caixa d’água. – Perê até tentou ignorar a piada besta, mas não conseguiu esconder uma careta pra diversão do parente. Afinal, as piadas de tiozão não eram contadas por achá-las engraçadas, mas pela reação causada nos mais novos, daí vinha sua diversão.

Montando as crianças em Lampejo, Perê partiu pra clareira, onde o sossego proporcionado pelas árvores e o lago a cercá-la tornava o local perfeito pra finalizar seu trabalho com a calmaria merecida.

Depois da saída dos pequenos, a casa ficou limpa e silenciosa, e os adultos aproveitaram pra botar o papo em dia regado a churrasco. E teriam continuado assim o resto do dia, até um berreiro vindo da sala chamar a atenção. Ao chegar lá a cena com se depararam causou espanto, Perê estava branco e arranhado, Silas de olhos vermelhos, todo catarrento, também com escoriações, e Lila molhada chorando de se acabar.

— O que foi que aconteceu? – A cor de Clara perdeu mais tons que a de Perê, a deixando com a pele mais próxima de seu nome.


#proximoepisodio

A prova de fogo – ou de água e ar – enfrentada por Perê foi pior que suas previsões mais negativas podia supor. Isso que deu fazer o amável e levar os pentelhos consigo enquanto finalizava o conto, mas o pior mesmo ainda está por vir e será terrível a ponto deixá-lo arrasado total.

Ósculos e amplexos,

Mishael Mendes Assinatura
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