Ao decidir por algo corremos o risco disso se mostrar oposto ao esperado porque a vida não é feita de certezas; os alicerces estabelecidos tanto podem funcionar como ruir de uma hora pra outra sem aviso algum, assim ser maleável é saber viver.
Por que é que a gente sofre tantas coias ruins? Qual a causa de tanto mal pra humanidade e por que D-s não faz nada, enquanto tudo parece caminhar a passos largos pra destruição, sem direito algum a retorno ou qualquer chance de final feliz?
A gente costuma procurar no outro – ou mesmo em D-s – o motivo das coisas não estarem bem, mas quanto será – das decisões que tomamos ou daquilo que a gente resolve não agir – está sendo responsável pelo que a gente tem passado?
Não sendo suficiente vagar pra dentro das trevas, o barco é surpreendido por uma tempestade que revoltou as águas. Em meio ao desespero uma ordem estranha lhe abre os olhos, cegos pela escuridão, mas sua descrença quase bota tudo a perder.
Ela conta sobre a existência de um lugar maldito, evitado por todos em sã consciência, até mesmo o mais cabra-macho. Porque além de ser habitado pelo total esquecimento, a noite o lugar era tomado por uma escuridão aterradora.
Com tantas opções, pode ser que a escolhida, ao invés de trazer luz, esteja nos deixando mais perdidos, levando a confusão dos sentidos. Pior: e se a iluminação encontrada não passar de trevas?
Sem asas, o que lhe restava era contemplar a imensidão celeste, onde a ave mais majestosa carregava o alvorecer, tornando belo o horizonte e cheio de cor de um dia perfeito. Até o céu se revoltar e o vento vir com violência sobre ele.
Qual a diferença entre a luz e as sombras, onde é que se encontra o limiar entre ambas as coisas? Estaria a resposta pra vida, o universo e tudo mais entre os dois extremos?
Te convido agora pra fazer um mergulho profundo – do céu ao mar, passando pela terra e o mais além – pra gente explorar um pouco das inúmeras possibilidades e vaguear pelos mistérios que permeiam toda essa dimensão.
Com toda a sua entrega, profundidade e características que a tornavam ímpar, o que essa cantora marcante deixou pra gente, além de sua arte, foi um exemplo claro do que não deve ser seguido.
Ele não sabia se ainda habitava um corpo ou havia se transformado numa consciência vagante indo em direção a escuridão. Tudo estava impregnado de trevas. O pior: ele não sabia quem era ou há quanto tempo estava nas entranhas da obscuridade.
Antes da luz surgir, tudo que se enxerga é trevas. Cobertos por um manto de escuridão, mesmos nossos olhos desejando encontrar a luz, tudo o que surge não passa de confusão que obscurece os sentidos.
Ao vagar pela escuridão, pode até ser que a gente não sinta mais o frio na pele, ou o arrepio que aumenta o torpor, deixando de perceber que a sombra da morte é carregada por nós.
A obscuridade que ronda, levando a tristeza e a solidão – até fazendo desejar a morte – pode ser o desejo de ir além da aparência, quebrar padrões e formas, e conhecer a profundidade que dá sentido a vida.