Diante do medo, por mais que fugir seja uma reação automática, existem coisas que exigem de nós mais que fôlego, força nas pernas e condicionamento físico: é preciso enfrentá-las pra deixarem de ter poder sobre nós e nossas emoções.
PosiçãoEscritor/ Designer Gráfico
Ingressou14 de novembro de 2021
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Autor de Interrompido – A curva no vale da sombra da morte, é um cara apaixonado total por música, se deixar não faz nada sem uma boa trilha sonora. Bota em suas histórias um pouco de seus amores e do que sua visão inversível o permite enxergar da vida.
Ele não sabia se ainda habitava um corpo ou havia se transformado numa consciência vagante indo em direção a escuridão. Tudo estava impregnado de trevas. O pior: ele não sabia quem era ou há quanto tempo estava nas entranhas da obscuridade.
Muito do que comentamos do outro, diz mais sobre quem somos que a gente gostaria de admitir, mas quando falamos de nós mesmos isso pode não traduzir a realidade. A ótica que utiliza intenções descritivas pra desenhar quem somos pode não ser exata.
Seu perfume invade a mente, arrancando memórias cheias de vivacidade; momentos de graça, afago e ensinamentos. De longe já pode ser sentido e a aproximação faz querer ficar juntinho pra desfrutar do calor e do carinho que só mãe pode dar.
Mesmo aterrador a ponto de imobilizar, dificultando a possibilidade de fuga e a tomada de decisões racionais ao surgir de forma inconsciente – onde só nos damos conta quando chegou – é possível escolher como reagir pra conter os seus efeitos.
Uma revelação o deixa cético a ponto de precisar retornar as pesquisas e elas lhe revelam o improvável. Além disso, seu rosto se enche de felicidade por poder retornar pra casa, até porque havia agora alguém especial – encontrada por aleatoriedade total.
A força mais poderosa é o inconformismo, pois leva a busca de práticas que encaminham pra uma nova vida, transformada e capaz de inspirar. Pra isso é preciso conhecer a verdade porque ela é quem ajuda a nos apropriar dessa nova identidade.
A história do médico traz detalhes vergonhosos, como o fato de ter negado e abandonado a própria filha. Inquieto, Luan encontra uma entrevista que exibe o terror do acidente que vitimou Cadu, além de expor de forma fria a dor de Lourdes.
Vivemos numa sociedade que cultua a aparência, dando-lhe atenção, curtidas e até sentenças menos duras. Mas a aparência pode enganar e até ser mortal porque o exterior não retrata com exatidão essência, nem saúde física ou emocional.
Mesmo feliz ele precisa encarar algo triste, mas uma ligação inesperada traz um tom de profundidade maior a história de Lourdes, sobre como ela foi resgatada de uma dor irreparável e da salvação que alcançou o ateu convicto que era doutor Pedro Gonzaga.
Caso um corpo permaneça em repouso por muito tempo, a vida se interrompe e ocorre a putrefação. O jeito mais básico de fornecer energia é através da alimentação, mas há coisas que precisam de força e que nem a musculação pode conceder.
Após o desaparecimento da pessoa, ela é puxada pra um abismo ávido por devorá-la. Quando Socorro encerra a história, ainda restam perguntas e em busca de respostas, Luan recorda coisas difíceis, descobrindo o real motivo que causou seu acidente.