Tudo o que necessito é de forças
Pra ser grande, maior do que sou
Ultrapassar essa minha estatura
Pra alcançar os maiores sonhos.
Tudo o que necessito é de forças
Pra propagar minhas convicções
Levar o meu propósito onde seja,
É impreterível plantar a semente.
Tudo o que necessito é de forças
Pra exceder cada uma das falhas,
Fracassos, quedas ou deficiências
Até conseguir alcançar a plenidão.
Tudo o que necessito é de forças
Não de iluminação ou dormência,
Inconsciência, perda dos sentidos,
Nem de sensações ou percepção.
Tudo o que necessito é de forças
Pra derrotar aquilo que é preciso
Negar ardência de meus desejos,
Escolher abdicar o livre-arbítrio.
Tudo o que necessito é de forças
Pras escolhas serem conscientes
Elencadas pelas letras sagradas
Que me refulgem desde o berço.
Tudo o que necessito é de forças
Pra poder superabundar na graça
Exalando perfume tão aprazível
Enquanto resplandeço nívea luz.
Tudo o que necessito é de forças
Pra decidir entre a morte e a vida
Optando pela escolha mais difícil
Assim avançar sem ser por vista.

Tudo o que necessito é de forças
Pra eliminar as minhas fraquezas
Dispersar os julgamentos e pesos
Ter onde, em segurança, repousar.
Tudo o que necessito é de forças
Pra perpassar na direção correta
Prosseguir no caminho afunilado
E que conduz às águas tranquilas.
Tudo o que necessito é de forças
Pra ultrapassar vale de escuridão
Onde sou confrontado pela morte
E o vácuo é quem faz companhia.
Tudo o que necessito é de forças
Vencer quem o espelho me revela,
Negando vontades, a cruz portar,
Pôr-me sob o jugo de fardo leve.
Tudo o que necessito é de forças
Da alegria que me concede poder
Verter lágrima no ápice do júbilo
E saltitar de felicidade na tristeza.
Tudo o que necessito é de forças
Pra ter ousadia e apenas avançar
Não temer consequência alguma
Seguir sem voltar os olhos atrás.

Tudo o que necessito é de forças
Pra ser livre do medo e apreensão
Com um capacete blindar a mente
Contra qualquer tipo de acusação.
Tudo o que necessito é de forças
Renovar o vigor que há em mim
Sem cansar de andejar ou correr
Como águia o alto céu alcançar.
Tudo o que necessito é de forças
Pra ter a estabilidade dos montes
Que não abalam com o forte mar
Mantendo-se firmes em seu lugar.
Tudo o que necessito é de forças
Pra conseguir exceder a matéria
Alcançando aquilo que não se vê
Só se ouve, sem a rota conhecer.
Tudo o que necessito é de forças
Pra sair de tal condição estática
Que a vitalidade me vem sugar
Deixando restar um pouco de ar.
Tudo o que necessito é de forças
Que músculos não proporcionam
A alimentação não pode fornecer
Nem a vontade consegue evocar.
#papolivre
Pra um corpo se manter é necessário energia, algo que ele mesmo não pode gerar – conforme a primeira lei da termodinâmica – é necessário algo pra fornecê-la. No caso do corpo humano, isso ocorre por nutrientes, como carboidratos e gorduras, de onde o organismo abstrai glicose.
A própria interação entre corpos ou com o meio possibilita ganho, ou perda de energia, como acontece com a eletricidade estática que se deposita através da fricção; quando se trata de calor, o processo de transferência de energia ocorre por meio da radiação, condução e convecção. Apenas através da troca que a energia pode ser transformada, retida e utilizada ou dispersada. E o que alimenta o impalpável – feito apenas de energia – e sustenta o desejo de continuar mesmo em meio as dificuldades? Qual é a fonte primordial de energia do universo [Hebreus 1.3]?
Ósculos e amplexos,


Autor de Interrompido – A curva no vale da sombra da morte, é um cara apaixonado total por música, se deixar não faz nada sem uma boa trilha sonora. Bota em suas histórias um pouco de seus amores e do que sua visão inversível o permite enxergar da vida.
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