Articulário: As cores quentes e frias da vida
Randy Jacob/ Unsplash

As cores quentes e frias da vida

“A vida é bela, embora possua imperfeições. Por isso há tanto sofrimento, mas um dia nada disso vai existir.”

Mishael Mendes, Interrompido – A curva no vale da sombra da morte

A procura do sol de prata

Carregamos uma necessidade de harmonia, que busca “belezas que alegram a vida e nos fazem sonhar; recantos felizes da natureza, onde qualquer ser humano, gostaria de estar”, como poetizou Valdecir Lima e Lineu Soares em “O melhor lugar do mundo”. Esse anseio por uma beleza paradisíaca que pode ser encontrada numa casinha de sapê, num lugarzinho no meio do nada, onde o cheiro de terra molhada lembre que todo dia é bom, é o culpado por histórias ainda fazerem sucesso. Mesmo em meio a evolução e a correria, a gente acha tempo pra ler um livro ou assistir algo – só o mercado de streaming está projetado pra atingir US$ 80,83 bilhões ainda em 2022 e US$ 139,20 bilhões até 2027.

Isso explica porque composições com versos simples e ingênuos, que criam um cenário paradisíaco, mesmo antigas, permanecem atuais, como “Canção do exílio”, escrita em 1843 por Gonçalves Dias e publicada na obra “Primeiros cantos“, de 1846 – que influenciou, inclusive, o Hino Nacional, musicado em 1909 e com letra de 1922. Ou mesmo “Luar do sertão”, lançada em 1914, que emoldura a lua derramando poesia sobre uma paisagem saudosista, e se destacou a ponto de ser considerada nosso segundo Hino Nacional – somando mais de mil gravações em todo o mundo – porque quanto mais simplicidade, melhor o nascer do dia.

É buscando esses pequenos paraísos – dentro ou fora de nós – que a gente se entrega aos devaneios, e quando surge feriado prolongado engatamos viagem pro litoral, mesmo a geral tendo a mesma ideia, e a prenda a pagar seja passar horrores num congestionamento quilométrico – ainda assim a gente volta renovado. Pela mesma razão, nossos olhos e pulmões buscam o verde na selva de pedra, em parques e árvores espalhadas pelas ruas e avenidas – não apenas por permitirem um ar mais puro – ou tornando construções vivas, belas e ecológicas – explico mais sobre esse fascínio nessa crônica – mas por proporcionarem harmonia e conexão com o paraíso.

Selva de pedra

Por isso, o isolamento forçado pela pandemia – que impediu a circulação – fez problemas psicológicos disparar, aumentando a ansiedade, o estresse e casos de depressão, que tiveram um salto de 90%, além de agravar o quadro de saúde mental de 53% da população tupiniquim. Enquanto o cultivo de plantas em casa aumentou, e levou as pessoas a deixar as metrópoles, num êxodo urbano que aumentou em 340% as buscas por pequenos paraísos que proporcionem qualidade de vida. Com a liberação das restrições voltamos a voar com tudo, tanto que a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) espera que o total de viagens chegue a US$ 4,0 bilhões em 2024, representando um aumento de 103% sobre 2019 – muitos deles em busca da natureza, necessária pra recarregar nossas energias, como um banho de cachoeira que faz a alma ser purificada por inteira.

Essa atração que a natureza causa em nós, também é percebida na influência das cores sobre o psicológico, onde cores frias, como o azul do mar, o verde das plantas e o marrom da terra, relaxam e acalmam, enquanto o amarelo do sol e o laranja, ou vermelho, do fogo causam euforia. Todo esse processo que se revela na experenciação de uma complexa malha de sensações opostas é o que torna a vida agradável. Onde a dor e o prazer se alternam, o sabor de um prato suculento e o amargor da fome se esbarram; a miséria nas esquinas e as cores que preenchem o céu, do nascer ao pôr do sol, contrastam. O choro que atravessa a alma e as músicas que nos levam às alturas vibram; o toque que causa arrepios e também repulsa tateiam; o cheiro que desperta memórias e provoca enjoo espalham; ou ainda o amor que resgata e o desprezo que vitima pulsam.

Poesia e silêncio

Porém, essas diferenças têm se acentuado desde a invasão da Ucrânia, que fez a inflação disparar, aumentando a pobreza, isso em meio aos casos de COVID que continua mortais, acompanhados da dengue, do surto de varíola, até de hepatite misteriosa e pneumonia desconhecida. Somado a isso, ainda há a violência que extermina mais vidas que as guerras e o número de miséria que continua imenso – como diria Miles Davis, “se você não estiver nervoso, é porque não está prestando atenção”. Basta ligar a TV, sintonizar o rádio e ver o feed em seu dispositivo – ou consultar os links listados nesse artigo – pra constar o óbvio: o mundo anda o maior caos.

Quanto mais atenção se dá aos jornais, aumenta a percepção que o melhor é nem sair de casa devido à enxurrada de violência e negatividade, noticiadas mais pra obter audiência que refletir a realidade e informar – implicando em notícias desatualizadas, incompletas e incorretas. Enquanto um sistema econômico falho aumenta a fome, a miséria e a inflação, bem como a falta de água e habitação. Nem mesmo a arte aponta a resposta já que reflete apenas nossa própria deformidade, até “Luar do Sertão” não escapou da escuridão, sendo a primeira música sertaneja e ganhando fama após Luiz Gonzaga a resgatar do imaginário pop – e modificar a letra que passou a ser usada assim. O paraíso evocado na letra surgiu após Catulo da Paixão Cearense se apropriar da melodia de João Pernambuco sem nunca reconhecer isso.

A revolta das partículas de pó

Nesse cenário de escuridão surrealista – feito os pesadelos que tomavam a mente de H.P. Lovecraft, se metamorfoseando em ficção cosmicista – vivemos um cenário aterrador, onde a coincidência com o thriller “Os olhos da escuridão” (“The Eyes of Darkness“, de 1981), de Dean Koontz, pode assustar. Somos inundados por tragédias e pavor que impressionam, espantam e até causam revolta, afinal, não há uma forma de parar os desastres ocorrendo um atrás do outro? Foi isso que levou ao surgimento do existencialismo – como abordado aqui – e pode fazer a gente se questionar se a graça ainda basta. Por que como um D-s Todo-poderoso – onipotente, onisciente e onipresente – permite a existência de tanta miséria, fome e injustiça, quando poderia fazer algo a respeito? A não ser se ele não existisse, como ponderou Alberto Camus.

Porém, antes de duvidar da existência do Eterno, a gente deveria olhar o universo, onde não passamos de pó, perdidos entre 100 a 400 bilhões de estrelas, conforme apontou Jos de Bruijne, cientista da Agência Espacial Europeia (ESA), que trabalha na missão Gaia, mapeando galáxias. Se calcularmos a quantidade nas galáxias do universo, em torno de 2 trilhões, o número de estrelas seria de aproximadamente 200 sextilhões, uma ignorância de número que é até difícil imaginar e equivale a 10 vezes toda água disponível na Terra. Essa grandeza aponta que o universo não surgiu por acaso, e é sustentado pelo Todo-poderoso, que mantém esses versos unidos em perfeição. Conforme apontou Blaise Pascal: “o que é visto na terra não aponta nem pra ausência total, nem pra presença óbvia do divino, mas pra um Deus oculto. Tudo tem essa marca”.

Paraíso perdido

Como afirmar que D-s não existe, se não é possível descobrir e compreender toda criação [Eclesiastes 8.17], do começo ao fim [Eclesiastes 3.11]? Nem mudar nada do que foi estabelecido [Eclesiastes 3.14], que continua em repetição [Eclesiastes 3.15], impossibilitando entender como todas as coisas foram feitas [Eclesiastes 11.5]. Diante desse D-s, a massa humana – que se aproxima de 8 bilhões – não passa de uma gota perdida num balde, e o mundo não é mais que um grão de areia [Isaías 40.15]. Que importância temos [Jó 7.17] pra nos achar no direito de questionar o Criador de todas as coisas? Se diante dele a lua se revela sem brilho e a luz das estrelas se mostra impura, quanto mais nós que somos injustos e nascemos com o DNA decaído a carregar informações de uma genética problemática e doente: não passamos de vermes [Jó 25.4-6].

A indiferença de D-s não significa ignorar as dores de um planeta que chora seu fracionamento do inteiro, cujo sofrimento faz a criação arder, e sufoca a natureza, enquanto a manifestação do perfeito é aguardada com ansiedade [Romanos 8.19-21]. Essa ação divina pra exterminar todo mal ainda não ocorreu devido a dois fatores: ao tempo e ao modo; pelo tempo certo ainda não ter chegado e o modo de livre-arbítrio que nos concede a escolha – enquanto imputa a responsabilidade e as consequências de cada decisão. Nossa busca por harmonia nada mais é que o desejo de retornar a perfeição do paraíso, cuja perda resultou na decadência humana e num mundo hostil. Como relatou John Milton em “Paraíso perdido” (“Paradise Lost“, de 1667), à terra estremeceu com tamanha ferida, desde suas estruturas até a natureza que expirou a aflição, mostrando os sinais de uma desgraça que a tudo trouxe perdição.

Perdidos no espaço

O governo e o dever de cuidar desse mundo foi dada a humanidade [Gênesis 1.28] – tema abordado em “O Segredo das Eras – Despertar” – e vendo como ele está, fica claro que não foi feito um bom trabalho. Se o mundo está corrompido, a culpa é total nossa, devido à ganância em obter conhecimento, poder e dinheiro – como vimos aqui. Essa situação só tende a piorar, e vai continuar até o cálice da ira se encher, fazendo tempo e modo se encontrar, flexionando pessoa e número, então será indicado como ocorrem as ações, intenções e acontecimentos realizados, resultando na recompensa por todo mal já cometido [Apocalipse 11.18], que culminará num momento terrível [Apocalipse 6.17]. Onde não haverá folhas de figueiras, árvores [Gênesis 3.7-8] e nem a quem responsabilizar [Gênesis 3.9-13] além da própria maldade.

Mesmo a gente estragando o planeta, o Eterno nos deu um manual, que se seguido a risca traz uma vida melhor pra nós e os outros, além de garantir a continuidade após a morte. Assim, ele ensinou como consertar a sociedade que apesar de não se tratar de uma solução rápida como a do Conserta Felix Jr., de “Detona Ralph” (“Wreck-It Ralph”, de 2012), dispensa o uso de ferramentas, tecnologia e recursos. Sendo tão poderosa quanto uma solução mágica: ajudar o próximo, ou seja, praticar o bem pro que estiver mais próximo. O problema não está no D-s que sustenta um universo infindável pra nossa compreensão de não se manifestar, mas ao fazermos nada.

Silêncio dos inocentes

Como Martin Luther King disse, “o que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”. É fácil apontar o dedo pra D-s, botá-lo na posição de réu e acusá-lo de inércia, pra desviar o foco de nós quando temos condições de fazer o bem e não o fazemos. Enquanto o mal a assola o mundo e a natureza é devorada pelas chamas, nada mais parece causar constrangimento, “o trabalho escravo impera, nos calamos ante a fome; pontes de concreto clamam pelo miserável; injustiça esmaga”, denuncia Felipe Valente em “Poesia e silêncio”. A opressão impera até onde não deveria [Eclesiastes 3.16], enquanto a justiça se perde em meio a burocracia [Eclesiastes 5.8].

Como exigir do Criador a inexistência do mal se nós mesmos temos contribuído pra sua propagação [Eclesiastes 7.20]? Apesar de criados pro bem, buscamos todo tipo de maldade [Eclesiastes 7.29], cada vez que mentimos ou omitimos, também quando agimos por egoísmo ou deixamos de ajudar. Se D-s parece não estar fazendo nada pra mudar o mundo pra melhor e reduzir o mal, o que temos feito? Já perguntava Cleber e Feijão, em “Fora quem USA”, “O quê você tem feito pra mudar o seu país pra melhor ficar?”. A maldade e a falta de amor vinda dos maus já é esperada, mas quando os bons não se envolvem, se afastam e fingem demência pra realidade opressora ou o sofrimento alheio, como na parábola do samaritano humano [Lucas 10.25-37], isso se torna preocupante. E não adianta culpar a política, “chega de pôr a fama no governo, sem drama”, porque por mais que a gente tenha governantes falhos, negligentes e até imorais, isso não nos exime da responsabilidade em ajudar pra que se estabeleça a justiça e os problemas sejam reduzidos – isso é a verdadeira religião [Tiago 1.27].

Comando de Babel Fish

É ignorância esperar apenas pelo governo – como abordei aqui – se fosse assim a luta contra o coronavírus estaria mais tensa, até porque sistemas políticos têm se mostrado ineficazes. Quando começamos a nos organizar em sociedade surgiu um dos primeiros regimes políticos, que consistia na liderança de uma descendência que alegava possuir traços do divino, como no Egito, costume esse que gerou a monarquia. Já a teocracia, centrada na vontade divina, ocorria através de um líder espiritual, até que chegamos a democracia, onde existe a liberdade de escolha dos líderes que nos representam.

Mas cada um desses sistemas falhou, a monarquia com seu poder absoluto explorava a sociedade pra servir os caprichos da corte, a teocracia abusava do medo da perdição pra enriquecer e ganhar mais poder, como aconteceu na Idade das Trevas. Já a democracia permitiu a manipuladores e sociopatas chegarem ao poder pra oprimir e controlar a nação, fosse com a ditadura pra não largar o osso do poder, como o golpe de Juscelino Kubitschek, em 1955. O qual deu precedente pros militares tomarem o poder, de 1964 a 1985, praticando o autoritarismo, ao suspender direitos e alterar a Constituição através de diferentes Atos Institucionais, jogando sujo da mesma forma que monarcas tiranos pra garantir o poder, como descreveu Nicolau Maquiavel em “O Príncipe” (“Il Príncipe“, de 1532). Até o totalitarismo que desfaz instituições representativas concentrando todo poder num comandante supremo, como o fascismo na Itália e Espanha, o nazismo na Alemanha, e o estalinismo na União Soviética.

Governos desgovernados

Se quer a democracia teve um começo bom, surgindo no século V a.C., a palavra vem do grego dēmokratía, “governo do povo”, originada de demos, “povo” e kratos, “poder”. Diferente do que seu nome faz pensar, ela não era abrangente, já que comerciantes, artesãos, mulheres, escravos e estrangeiros não eram considerados cidadãos, ou seja, não tinham direitos políticos nem podiam participar das decisões da comunidade, daí ter cidadania era algo inestimável. Nem mesmo sistemas econômicos buscando a igualdade da riqueza ou o direito de cada um fazer seu destino conseguiram resolver.

O capitalismo, que visa dar a liberdade de cada um construir o próprio patrimônio, o comunismo que surgiu com o desejo das primeiras igrejas cristãs de tornar bens e posses comuns a todos, ou o socialismo onde a propriedade social pode ser pública, coletiva, cooperativa ou privada. Por melhor que sejam as intenções ou um sistema bem desenhado, sua governança se dará através do fator humano, e aí que se encontra o problema neles todos: pessoas são falhas – como abordo nessa crônica – a situação caótica do planeta está aí pra provar isso. As tentativas de eliminar a corrupção só pioram o rombo econômico e apelar pro sistema prisional não dá resultado, já que ele é incapaz de reabilitar condenados pra reinseri-los na sociedade. Nossos maiores esforços são insuficientes pra erradicar os males que afligem o mundo. Após o sacrifício de Luther King, Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá e tantos outros, a realidade ainda está longe de ser perfeita e acolhedora pra maioria dos seres vivos.

Paraíso artificial

Se nesse mundo não é possível fornecer justiça a todos, a tecnologia vem proporcionando o desenvolvimento de um paraíso artificial chamado Metaverso – que até 2030 valerá mais de US$ 1.600 bilhões, com um crescimento anual de 51% – cujo nome surgiu do livro “Snow Crash“, (“Snow Crash – A Novel“, de 1992), escrito por Neal Stephenson, onde todos poderão se encontrar e construir vidas virtuais, assim como “Second Life”, de 2003, “Roblox”, de 2006, “Minecraft”, de 2011, e “Fortnite”, de 2017. O que não passa de utopia, só no Brasil 28,2 milhões de pessoas não têm acesso à internet – o que prejudicou o ensino durante a pandemia – exclusão essa que acontece por não saber utilizá-la (42,2%), desinteresse (27,7%) e motivos financeiros (20%). Além dessa tech, nos deixar dependentes de empresas multibilionárias, como critica a série “Upload – Realidade Virtual” (“Upload”, de 2020).

Sem termos ainda uma interface imersiva, o vício na internet cresce e as redes sociais que deviam aproximar apenas têm causado isolamento e provocado o aumento de desordens psicológicas. Enquanto o número de mortes por selfies preocupa epidemiologistas e jogos como Pokémon Go já causou mortes e mais de 100 mil acidentes de trânsito – como vimos aqui. Numa realidade de imersão desse calibre, a tendência é consequências mais devastadoras, como mostra “Sword Art Online“, de 2012, baseado no mangá de mesmo nome de 2009. Onde não dará mais pra distinguir o real do virtual, igual “Jogador N.º 1” (“Ready Player One”, de 2018), além de aumentar o número de morte por passar vários dias conectados.

Renovação do universo

Ainda que seja impossível recriar esse paraíso, esquecê-lo não é uma alternativa porque nossa alma anseia por ele. Negar o inferno não vai resolver as coisas, como John Lennon tentou nos vender com “Imagine”, também não dá pra viver o plágio dela, cometido por Claudemir da Silva e Gustavo Moura Fernandes, em “Todos um”, a não ser se desligando da realidade, mas nem mesmo o País das Maravilhas é perfeito, Alice – e a fuga que entorpecentes provocam pode ser sem retorno. A resolução só se dará com o governo que está por vir, que irá estabelecer justiça e retidão até exterminar todo mal.

O que precisamos não é de uma nova ordem pra reorganizar as coisas, mas de uma renovação completa; de um governo integro que não decepcione com sua vontade sujeita a falhas. O único capaz disso será o de Cristo, que vai desfazer os demais poderes corruptos [1 Coríntios 15.24], criando uma sociedade justa, sem qualquer tipo de discriminação, onde não importará condição social e sexo [Gálatas 3.28], nem mesmo raça, nacionalidade e costumes [Colossenses 3.11], onde ele será tudo em nós, e a gente, um nele.

Alcançando o paraíso

Com uma governança funcional e revolucionário como nunca se viu, esse poder conseguirá renovar por completa essa dimensão [Apocalipse 21.1] e dar fim a toda dor e sofrimento [Apocalipse 21.3-5]. Onde não será necessário, nem mesmo o brilho do sol, já que ele será a luz que traz cura [Isaías 60.19-20]. Apesar do paraíso não poder ser implementado nesse sistema podre de pessoas decaídas, podemos instituir as bases dessa sociedade. Enquanto aguardamos por esse tempo, devemos buscar esse sistema político e a justiça que ele trará [Mateus 6.33], o estabelecendo através da prática da justiça, seu principal pilar [Romanos 14.17], também a única forma de deixar claro nossa real identidade [1 João 3.10] e cidadania pertencente a essa sociedade; agir com misericórdia, plantar paz [Tiago 3.18] e manifestar a luz.

Em cada lágrima que brota e enche os olhos, cada corpo que no pó da terra desce há poesia e silêncio, porque o que está por vir trará o fim da dor com uma paz incomparável jamais experimentada, e cuja duração é eterna. Por isso, os pobres, os necessitados, os que sofrem, os odiados, excluídos e perseguidos, são felizes e abençoados [Lucas 6.20-23]. Assim, devemos encher nossa mente com a esperança da vinda desse dia, e semear amor até que esse governo venha!

Contextualizando

A frase que originou essa reflexão faz parte de “Interrompido – A curva no vale da sombra da morte“, uma minissérie que mostra que nossa humanidade é que nos leva a viver os desejos mais profundos e a cometer os erros mais insanos. Ela surge como resposta que Socorro dá ao menino Luan quando é questionada sobre a razão de tanto sofrimento existir.

Artigo publicado originalmente no LinkedIn, também está disponível no Medium.


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Mishael Mendes Assinatura
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