Trabalho duro é o mesmo que dedicação, um traço positivo que leva a grandes conquistas e a uma vida bem-sucedida; sendo uma força poderosa, molda e impulsiona a alcançar cada objetivo.
O problema em aderir à cultura do desapego que faz parecer legal não se abrir com ninguém – enquanto a gente passa o rodo – é que a praticidade e a duração dos instantes de prazer não são suficientes pra convencer a gente de querer ficar.
Tantas lembranças são possíveis registrar; momentos de descontração, de felicidade, emocionantes ou especiais que depois podem ser compartilhados com as pessoas. Mas fotos podem reter coisas além do que imaginamos – a alma talvez?
Pra trás ficou qualquer controle. Seguindo em desdobramentos incontáveis o deslocamento prosseguiu sem atentar pra tempo ou barreiras – físicas e subjetivas. Nada podia deter a pretensão de seguir em direção a um destino desconhecido.
Da mesma forma o viés que "tudo o que é bonito é bom" torna a aparência atrativa, somos levados pelo inconsciente a valorizar a estética, feito mariposas em busca de luz. Algo que pode ser perigoso, levando a nos envolver com pessoas vazias.
Muito do que comentamos do outro, diz mais sobre quem somos que a gente gostaria de admitir, mas quando falamos de nós mesmos isso pode não traduzir a realidade. A ótica que utiliza intenções descritivas pra desenhar quem somos pode não ser exata.
O mito da normalidade é perigoso porque tenta reajustar a existência num caminho sem diversidade, eliminando a variação, pra todos seguirem um padrão, mas humanos, assim como os demais animais, são mutáveis.
A chuva derrama sentimentos, sensações e reflexão, que fluem em correntes arrastadas pra fora de nós. Essa água que cai, provoca agitação, afinal, chuva é verdade que precisa ser externada.
Tudo começa com amor, ele é a base de profundas entregas e buscas que ultrapassam limitações; levando a conquistas improváveis. Ainda que custe a vida o fato de nos render é o que ressignifica e dá sentido a todas as coisas.
Como nosso cérebro é quem decide se o corpo dá ou não atenção a dor, ele pode enviar uma mensagem de volta aos nervos pra silenciá-los se achar a situação segura ou que essa ação seja necessária.
Em meio a correria, a passagem do tempo pode não ser percebida ou se mostrar insuficiente. Nisso a sabedoria traga consigo se desfaz, até pararmos pra refletir sobre a trilha do passado até o ponto que a gente se encontra presente.
Se o sentido se perdeu, é inútil permanecer. Deixar a inconsistência e sua liquidez se desfazer no tempo é a melhor alternativa pra evitar gastar tempo com o vazio que restou.