A beleza que reside além do tempo não pode ser descrita pela imperfeição da linguagem humana, ainda assim, essa tentativa carrega nossa mente com a profundidade de uma poesia sensorial.
A beleza está na simplicidade que prende o olhar, arranca suspiros e faz querer ficar. Mas, tudo perde o sentido ao dar ouvidos pro autojulgamento, pois dificulta acreditar no que geral enxerga.
Benção é dádiva, motivo pra nos fazer pular ou mesmo chorar de alegria. Assim foi a chegada de Julinha, que tanto amor e luz trouxe pras nossas vidas. Tudo era motivo de festa, apenas pelo fato dela existir entre nós.
É preciso força dobrada pra se manter caminhando quando os pés cansam e a vontade não alcança a espera. Porém, não é preciso ir longe pra obter mais disposição.
Por meio de tecidos e ossos, células e átomos, esse cântico vibra notas que formam melodias, ritmos, timbres e harmonia; em versos e poemas que louvam a grandeza daquele que o universo criou, e tudo mantém pelo seu poder.
A chuva derrama sentimentos, sensações e reflexão, que fluem em correntes arrastadas pra fora de nós. Essa água que cai, provoca agitação, afinal, chuva é verdade que precisa ser externada.
Cabe à gente decidir o que pode fazer morada em nós. É preciso manter a porta do coração fechada, só abrindo ao que faz bem, pois após estabelecido fica difícil remover o mal.
Com a chegada do amor, os estímulos se fortalecem a ponto de um aceno nos desmontar. Mas, e quando o ser amado parte, fazendo restar solidão? Como fica o que sobrou?
Existe limite pro que nos faz feliz? Aliás, será que tudo que traz felicidade é realmente bom? E se a gente estiver errado e a busca do prazer só servir pra nos perder em possibilidades sem fim?
Mais que optar pelo que se deseja, estar longe de cadeias e trafegar de qualquer lugar sem restrições, liberdade também é escolher dizer não a tudo isso por algo ainda maior que a mente não consegue compreender.
É comum a ideia negativa da estação, mas ela pode surpreender com belezas, cores e fragrâncias que despertam sensações, até mesmo sabores que confortam e aquecem a quem experimenta e se permite viver a poesia oculta no inverno.
O céu cinzento avisa que a chuva vai cair. Algumas tratam procurar abrigo, outros se preocupam se ela vai atrapalhar seus planos, tem quem se assuste e aqueles que enxergam na tempestade o mistério da insondável grandeza se aproximando de nós.