A beleza que reside além do tempo não pode ser descrita pela imperfeição da linguagem humana, ainda assim, essa tentativa carrega nossa mente com a profundidade de uma poesia sensorial.
A beleza está na simplicidade que prende o olhar, arranca suspiros e faz o outro querer ficar. Mas nada disso vai fazer sentido se a gente der ouvidos ao autojulgamento, porque ele dificulta acreditar naquilo que todos podem ver.
Mas o que é que nos motiva a continuar caminhando mesmo quando tudo parece não dar certo ou quando o jeito parece ter se perdido entre tantas outras coisas?
O que nos inspira a continuar caminhando mesmo quando os pés cansam e a vontade não alcança àquilo que tanto se esperou?
O segredo, na verdade, é até simples e não está assim tão longe que você não possa alcançar com o toque da mão, sem precisar, se quer, esticar braço ou dedos.
A chuva derrama sentimentos, sensações e reflexão, que fluem em correntes arrastadas pra fora de nós. Essa água que cai, provoca agitação, afinal, chuva é verdade que precisa ser externada.
Os sons ficam interessantes ao ponto de fazer chorar – mas e quando o ser amado vai embora e nos deixa?
O que acontece quando a pessoa que amamos se vai e a gente se pega só? Como as coisas ficam após essa partida?
Existe limite pro que nos faz feliz? Aliás, será que tudo que traz felicidade é realmente bom? E se a gente estiver errado e a busca do prazer só servir pra nos perder em possibilidades sem fim?
Mais que optar pelo que se deseja, estar longe de cadeias e trafegar de qualquer lugar sem restrições, liberdade também é escolher dizer não a tudo isso por algo ainda maior que a mente não consegue compreender.
É comum a ideia negativa da estação, mas ela pode surpreender com belezas, cores e fragrâncias que despertam sensações, até mesmo sabores que confortam e aquecem a quem experimenta e se permite viver a poesia oculta no inverno.
O céu cinzento avisa que a chuva vai cair. Algumas tratam procurar abrigo, outros se preocupam se ela vai atrapalhar seus planos, tem quem se assuste e aqueles que enxergam na tempestade o mistério da insondável grandeza se aproximando de nós.
Um coração de criança vê a verdade que apenas quem não tem olhos errados consegue enxergar. Sendo todo amor, não há espaço pra mais nada, nem mesmo pra sentimentos ruins permanecer dentro de si.
O coração acelerado espalha calor que queima as bochechas, deixando o corpo mole feito gelatina. A partir do momento que recebemos o olhar do ser amado, todas as sensações se misturam em confusão e pura poesia.
O amor é sensação, mas também força, salvação e poder de mudança. Nessa releitura do capítulo mais conhecido sobre o sentimento que dá sentido a existência, podemos mergulhar numa perspectiva poética sobre sua largura e profundidade.