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Minissérie Fragrante – Making-of (Episódio Especial) - .inversivel
Fragrante – Making-of (Episódio Especial)
Mishael Mendes/ Inversível

Fragrante – Making-of (Episódio Especial)

#episodioanterior

Percebendo que tinha dado mancada, Simey foi atrás de Jennie, mas tudo que foi ser expulso, então desistiu de consertar as coisas entre eles e, pro desapontamento de Jennie, ele não deu mais as caras.

Entre as voltas – que o destino os fez dar no carrossel da vida – parece que as confusões estavam longe de acabar e quando Jennie resolveu os sentimentos em relação a Simey, ele se reaproxima cheio de ideia pra confundi-la outra vez, mas quem acaba saindo machucado é ele – ou será que não?

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O que começou como um pequeno conto, pra falar de duas pessoas que se conheceram e como o perfume de uma delas atraiu a outra – que se quer acreditava no amor – acabou se tornando algo maior do que minha pretensão podia imaginar, virando minissérie de vários episódios.

Tudo começou a uns bons anos, com meu primeiro blog, naquele tempo compartilhava o que escrevia com uma colega e baseado em algo que escrevi, ela criou um conto bem curto e também bastante simples, mas ao lê-lo me senti inspirado instantaneamente e, pegando alguns elementos, criei algo totalmente novo.

Sempre tive claro que beleza não é a única forma de atrair a atenção, o olfato acaba sendo mais apelativo e uma característica marcante em alguém, daí que desde cedo passei a andar cheiroso – minha mãe ser consultora Natura ajudava bastante – devido a isso sempre fui elogiado por ser perfumado – daí o nome da minissérie.

“Em tempos que a gente está cada vez mais questionador, experiências ruins podem nos tornar descrentes pra muitas coisas.”

Além disso, sinto-me bastante atraído por pessoas perfumadas – algumas são tão cheirosas que dá vontade de grudar e não soltar mais.

Outro ponto crucial da história é o mote da Jennie não acreditar no amor e, por consequência no órgão que o representa, isso surgiu do personagem do Bleach, Ulquiorra – um Arrancar que não acredita nas emoções, as quais chama de coração, dizendo que se os olhos não podem vê-las, então ele não existe.

“Beleza não é a única forma de atrair a atenção, o olfato acaba sendo mais apelativo e uma característica marcante em alguém.”

Pensando um pouco sobre isso, é até engraçado, pois também já me peguei nos mesmos questionamentos – assim como você já deve ter feito – no meu caso isso aconteceu apenas anos mais tarde de ter escrito “Fragrante“.

Juntar essas ideias, elas entraram em combustão, até se consolidar, então começaram a incomodar a mente, pedindo passagem pra se tornar palavras, frases, parágrafos, história – exatamente o que houve, ainda assim algo curto.

“Nem sempre o fim é feliz, mas talvez o ponto não seja um final.”

Após criar o conto, segui falando de outras percepções e sentimentos, até a garota – que criou a história na qual me inspirei – achando que mudei o que ela escreveu, embora o que escrevi não tivesse nada a ver com o dela, decidiu que devia ter uma segunda parte – e sem necessitar de autorização fez uma fanfic, continuando o que criei.

“O amor pode se tornar uma grande bagunça quando as pessoas não sabem lidar com ele.”

Ao ler o resultado me senti desafiado a fazer o mesmo, a partir daí, a história passou a ser contada de pontos diferentes, falando mais de nós mesmos, de maneira alegórica e poética – o mesmo que Jennie fez, algo também baseado em outros dois colegas, um que matinha a autoria em segredo e o outro que fazia o mesmo, só que escrevendo apenas em inglês. Inclusive o poema escrito por Jennie foi baseado num feito pra mim.

Lendo assim, pode até parecer que o processo foi rápido, mas tudo levou bastante tempo, afinal, quem conduzia pra onde a história devia ir era o destino – eu mesmo não tinha a menor ideia de onde tudo isso ia dar ou como por um fim a história, algo que acabei esquecendo de fazer.

“Uma decisão pode ser pra sempre, na mesma medida que a eternidade dura um instante, fazendo-a permanecer imutável até onde quisermos alterar as coisas.”

Até que, anos depois, retornei com um novo blog e, pescando antigas postagens, me deparei com “Fragrante” e vi o quanto ele era envolvente, contextualizado culturalmente, além de ter uma temática bem atual – em tempos que a gente está cada vez mais questionador, experiências ruins podem nos tornar descrentes pra muitas coisas – resolvi reescrevê-la, fazendo várias correções, ampliações e reestruturando tudo, além de responder algumas questões que acabaram ficando sem anteriormente resposta.

Nesse ponto, um questionamento me surgiu: “afinal, o que é que nos move, paixão, desejo, amor, ódio, instinto, inveja, amizade…?”, se tornando algo bem presente, pra demonstrar as decisões, consequências e que o amor pode se tornar uma grande bagunça quando as pessoas não sabem lidar com ele.

“O ‘pra sempre’ um dia acaba, permanecendo apenas como constante a mudança, assim, se formos capazes de entender isso, estaremos aptos a viver.”

Embora o fio que costurou a história seja ficcional, o contexto foi criado em torno de acontecimentos reais, que ora refletiam a realidade, ora a antecediam, entrelaçando o real e o imaginário, dificultando saber onde um começa e o outro termina, ainda assim, ela deve conter por volta de 90% de casos verídicos, diluídos em boas doses de poesia só pra fazer a mente refletir e viajar – então não será estranho se você se identificar com alguma característica, ou até mesmo várias, dos personagens, ou ainda reconhecer algumas das várias situações inusitadas.

Assim, de forma descontraída, a gente é levado a pensar se decisões tomadas realmente são imutáveis ou seus rumos podem ser alterados a partir de onde estamos?

“Às vezes, falar sobre sentimentos pode ser doloroso, mas quando a gente transmite isso através da escrita, aquilo deixa de nos pertencer e conseguimos seguir sem carregar fardo algum.”

Creio que pra chegar a um consenso, o melhor seja a maturidade, pois só ela consegue ensinar que uma decisão pode ser pra sempre, na mesma medida que a eternidade dura um instante, fazendo-a permanecer imutável até onde quisermos alterar as coisas. O “pra sempre” um dia acaba, permanecendo apenas como constante a mudança, assim, se formos capazes de entender isso, estaremos aptos a viver.

Apesar do prazer proporcionado por escrever a minissérie, fazer isso foi difícil, tanto que acabei não conseguindo terminá-la, além de abandonar o blog – às vezes, falar sobre sentimentos pode ser doloroso, mas quando a gente transmite isso através da escrita, aquilo deixa de nos pertencer e conseguimos seguir sem carregar fardo algum – assim, mais uma vez a história permaneceu sem direito a final, até que esse ano, após ela completar dez anos desde que foi iniciada, voltei com tudo.

“A vida tem dessas de mudar planos e metas, traçando um caminho que pode levar ou não ao destino desejado, mas que traz tanto aprendizado enquanto percorremos em busca de algum objetivo.”

É incrível como a vida consegue surpreender, quando pensávamos ter esquecido algo, ela traz a tona não apenas lembranças, mas também a causa, que pode ter sido de felicidade ou tristeza, mas há algo bom em enfrentar o que amedronta, já que isso é empoderador. É na dificuldade que se descobre o poder da resistência ou o quanto ainda se está despreparado pra vencer a si.

Compromisso com a escrita

Ao assumir o compromisso comigo mesmo de finalizar o projeto, percebi que as dificuldades não diminuíram de tamanho, algumas partes foram extremamente delicadas, já que existe muito do que vivenciei.

“É incrível como a vida consegue surpreender, quando pensávamos ter esquecido algo, ela traz a tona não apenas lembranças, mas também a causa, que pode ter sido de felicidade ou tristeza, mas há algo bom em enfrentar o que amedronta, já que isso é empoderador.”

Fora isso, costurar fragmentos tão distintos em algo harmônico, atual e envolvente dá um baita trabalhão, ainda mais por a história ser conduzida sob dois ângulos diferentes, e mostrar isso sem ser repetitivo, antes, acrescentando novas combinações, além de amarrá-la bem, sem deixar sobrar nenhuma ponta se quer, é bastante complexo.

O gap de mais de um ano, possibilitou a história ganhar novas nuances, ficando encorpada e fazendo surgir mais duas partes, só aí consegui visualizar o final – que foi alterada outras duas vezes devido às ramificações surgidas.

“Decisões tomadas realmente são imutáveis ou seus rumos podem ser alterados a partir de onde estamos?”

A vida tem dessas de mudar planos e metas, traçando um caminho que pode levar ou não ao destino desejado, mas que traz tanto aprendizado enquanto percorremos em busca de algum objetivo. Nem sempre o fim é feliz, mas talvez o ponto não seja um final, por isso optei por não botar uma conclusão definitiva, como a minissérie é próxima da realidade, por que a necessidade de um desfecho que elimina possibilidades?

Assim, você decide o que acontece a partir do que foi exposto, tendo o direito de continuar a história como melhor achar melhor que ela deva seguir.

“É na dificuldade que se descobre o poder da resistência ou o quanto ainda se está despreparado pra vencer a si.”

O que foi que acontece depois do último encontro? Há forças ainda maiores que os atrai do que as que os separa, será que Jennie e Simey conseguirão resistir-se?


#proximaminisserie

Inteligente, tímida e bem reservada – quando se trata de demonstrar os sentimentos – Adie sabia que precisava descolar um jeito de conhecer alguém, embora não curtisse sair. Foi aí que resolveu usar o Tinder, onde conheceu um garoto lindo, divertido e todo fofo – um verdadeiro encantado moderno.

Então já prepara o coração, agenda a data e compartilha com a geral, que semana que vem estreia “Encantado”, uma minissérie pra falar de paixões, nudes, descobertas, pegação, preocupação em excesso, decepções e o que foi que Adie fez depois disso.

Ósculos e amplexos,

Mishael Mendes Assinatura
Mishael Mendes
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