Apesar das diversas adaptações e de sua imensa influência, o que Shakespeare narrou não foi um amor grandioso com sua força inevitável, mas que se entregar as paixões pode ser destrutivo.
Um término – seja lá por qual motivo aconteça – é um dos momentos mais difíceis de enfrentar e quanto mais profundo o sentimento envolvido, pode até fazer um chute na virilha parecer menos doloroso.
Mais importante que preencher uma tabelinha de necessidades emocionais é estar atento as formas que o afeto pode ser demonstrado, ficar preso num ideal pode apenas gerar expectativas desleais e a gente secar num deserto mesmo inundados de amor.
O amor é sensação, mas também força, salvação e poder de mudança. Nessa releitura do capítulo mais conhecido sobre o sentimento que dá sentido a existência, podemos mergulhar numa perspectiva poética sobre sua largura e profundidade.
Tudo começa com amor, ele é a base de profundas entregas e buscas que ultrapassam limitações; levando a conquistas improváveis. Ainda que custe a vida o fato de nos render é o que ressignifica e dá sentido a todas as coisas.
Não é preciso nem mesmo um encontro pra felicidade se espalhar pelo rosto e os olhos brilharem conforme a mente cria probabilidades do que um encontro pode resultar. É possível traçar uma vida inteira assim, basta deixar a emoção dominar.
Em momentos assim, um agasalho, um banho quente ou uma fogueira se tornam atrativas; e quando nem o sol basta pra aquecer? Nesse caso, talvez seja necessária uma fonte que produza calor pra queimar, sem roubar o que resta em nós.
Jean consegue se livrar da coisa estranha que pulou nele, mas fazer isso acabou não sendo uma boa ideia. De volta pro quarto, algo ainda mais assustador o pega no meio da escada e, paralisado de medo, ele se torna presa fácil.
Devido tanta coisa estranha acontecendo numa noite só, ele nem conseguiu dormir direito, aí acabou acordando em cima da hora, mas pelo menos descobriu de onde vinha o som metálico.
Depois de ficar com Kylie as coisas se tornaram mais fáceis entre eles – intimidade que fala, né!? – e Jean descobriu o poder que o beijo tem pra liberar felicidade, mas foi depois daquele beijo que ele começa a viver um verdadeiro inferno – algo que nem mesmo o pior pesadelo conseguiu criar.
Jean descobre quem é que tava ligando, mas algo mais assustador acontece enquanto a ligação seguia, correndo pra ver o que era, ele encontra maior bagunça na cozinha.
Dormir foi algo que Jean conseguiu com bastante custo, mas acabou descobrindo que isso foi uma péssima ideia – e ainda pior foi insistir em repetir a dose!
Algo se movendo pela noite, foi se arrastando desde a cozinha, subindo as escadas, até chegar na frente do quarto e, sem esperar, algo assustador pula em cima dele.
Se tem uma lição que esse episódio vai ensinar – e que pode servir pra qualquer um – é que nunca se deve atender qualquer ligação durante uma tempestade. A gente nunca sabe o que é que as ondas de rádio frequência podem atrair pra onde estamos.
Correndo da tempestade pra evitar Yakut enfartar, devido o estresse que isso lhe causava, Jean consegue chegar em casa, mas uma gata assustada, ligações estranhas, luzes piscantes – e todo aquele clichê de história assustadora – começa acontecer, só pra ele perceber que tava nada preparado pro encontro daquela noite.
Depois de não rolar, outra vez, o beijo no cine, Jean fica maior frustrado e sai chutando as pedrinhas pelo caminho, até outra oportunidade lhe sorrir, cheia de manha, mas dá ruim de novo.
Ele acompanha a crush até a casa dela, mas nada do que planejou e até o que não idealizou deu certo. Nisso ele vai embora, bem chateado com si mesmo e é aí que Kylie o puxa pelo braço e resolve lhe dar um presente, mas dessa vez quem atrapalha é maior temporal, além de uma memória desesperada que precisa de urgente atenção.
Cada olhar contém em si uma história a ser contada. Ainda que os lábios não digam o que se move em nós, os olhos sempre revelam o que está oculto; mesmo a gente não querendo dizer nem pra nós mesmos.