O coração acelerado espalha calor que queima as bochechas, deixando o corpo mole feito gelatina. A partir do momento que recebemos o olhar do ser amado, todas as sensações se misturam em confusão e pura poesia.
Apesar das diversas adaptações e de sua imensa influência, o que Shakespeare narrou não foi um amor grandioso com sua força inevitável, mas que se entregar as paixões pode ser destrutivo.
Aguçando nossos sentidos, o ser amado nos conquista a atenção com qualidades que saltam tomando forma e preenchendo lacunas que se tornam versos. Mesmo estando distante o coração acelera e o corpo aquece liberando agradáveis sensações.
Quando o encontro é bom a física pode desencadear uma química que beira os limites quânticos criando uma atração que desperta a vontade de entrelaçar os dedos pra não mais soltar e a distância se reduz aos centímetros afastados da outra pessoa.
Não é preciso nem mesmo um encontro pra felicidade se espalhar pelo rosto e os olhos brilharem conforme a mente cria probabilidades do que um encontro pode resultar. É possível traçar uma vida inteira assim, basta deixar a emoção dominar.
Enquanto o peito batuca, roubando a habilidade da fala, basta um olhar ou o sorriso da pessoa em nossa direção pra felicidade aumentar e a mente correr solta, imaginando a possibilidade de felicidade maior ao criarmos juntos uma nova história.
Conforme o desejo pelo crush cresce, os olhos deixam de ser confiáveis, nos fazendo vê-lo em diferentes lugares, até em outras pessoas. E cada olhar rápido esconde a pessoa nos observando a distância.
Jean consegue se livrar da coisa estranha que pulou nele, mas fazer isso acabou não sendo uma boa ideia. De volta pro quarto, algo ainda mais assustador o pega no meio da escada e, paralisado de medo, ele se torna presa fácil.
Devido tanta coisa estranha acontecendo numa noite só, ele nem conseguiu dormir direito, aí acabou acordando em cima da hora, mas pelo menos descobriu de onde vinha o som metálico.
Depois de ficar com Kylie as coisas se tornaram mais fáceis entre eles – intimidade que fala, né!? – e Jean descobriu o poder que o beijo tem pra liberar felicidade, mas foi depois daquele beijo que ele começa a viver um verdadeiro inferno – algo que nem mesmo o pior pesadelo conseguiu criar.
Assim como é possível tocar as estrelas mergulhando no mar, dá pra alcançar o conforto do Sol e aquecer a alma, ainda que haja escuridão ou mesmo sem subir ao céu.
Jean descobre quem é que tava ligando, mas algo mais assustador acontece enquanto a ligação seguia, correndo pra ver o que era, ele encontra maior bagunça na cozinha.
Dormir foi algo que Jean conseguiu com bastante custo, mas acabou descobrindo que isso foi uma péssima ideia – e ainda pior foi insistir em repetir a dose!
Algo se movendo pela noite, foi se arrastando desde a cozinha, subindo as escadas, até chegar na frente do quarto e, sem esperar, algo assustador pula em cima dele.
Se tem uma lição que esse episódio vai ensinar – e que pode servir pra qualquer um – é que nunca se deve atender qualquer ligação durante uma tempestade. A gente nunca sabe o que é que as ondas de rádio frequência podem atrair pra onde estamos.
Correndo da tempestade pra evitar Yakut enfartar, devido o estresse que isso lhe causava, Jean consegue chegar em casa, mas uma gata assustada, ligações estranhas, luzes piscantes – e todo aquele clichê de história assustadora – começa acontecer, só pra ele perceber que tava nada preparado pro encontro daquela noite.
Depois de não rolar, outra vez, o beijo no cine, Jean fica maior frustrado e sai chutando as pedrinhas pelo caminho, até outra oportunidade lhe sorrir, cheia de manha, mas dá ruim de novo.
Ele acompanha a crush até a casa dela, mas nada do que planejou e até o que não idealizou deu certo. Nisso ele vai embora, bem chateado com si mesmo e é aí que Kylie o puxa pelo braço e resolve lhe dar um presente, mas dessa vez quem atrapalha é maior temporal, além de uma memória desesperada que precisa de urgente atenção.