A beleza está na simplicidade que prende o olhar, arranca suspiros e faz o outro querer ficar. Mas nada disso vai fazer sentido se a gente der ouvidos ao autojulgamento, porque ele dificulta acreditar naquilo que todos podem ver.
Mais que optar pelo que se deseja, estar longe de cadeias e trafegar de qualquer lugar sem restrições, liberdade também é escolher dizer não a tudo isso por algo ainda maior que a mente não consegue compreender.
É comum a ideia negativa da estação, mas ela pode surpreender com belezas, cores e fragrâncias que despertam sensações, até mesmo sabores que confortam e aquecem a quem experimenta e se permite viver a poesia oculta no inverno.
Ainda que alguém tentasse descrever o amor, apenas arranharia sua superfície, enquanto ia deixar de experimentar a essência que transforma a vida de quem ignora regras e a busca por significados, se deixando por ele tocar.
Caso um corpo permaneça em repouso por muito tempo, a vida se interrompe e ocorre a putrefação. O jeito mais básico de fornecer energia é através da alimentação, mas há coisas que precisam de força e que nem a musculação pode conceder.
É quem motiva, conforta e cuida mesmo não sendo nossa vontade ou quando não merecemos; difícil é agir diferente. Dessa forma, zela e intercede por nosso bem, ignorando até as próprias necessidades graças ao seu superpoder de mãe.
O perigo de se jogar na pista é esquecer que ali é justo onde os veículos vêm em alta velocidade. Mas existe um momento quando se faz necessário dar fim ao que não condiz com quem somos, de parar os abusos que só distorcem a nossa essência.
Não é preciso nem mesmo um encontro pra felicidade se espalhar pelo rosto e os olhos brilharem conforme a mente cria probabilidades do que um encontro pode resultar. É possível traçar uma vida inteira assim, basta deixar a emoção dominar.
Em momentos assim, um agasalho, um banho quente ou uma fogueira se tornam atrativas; e quando nem o sol basta pra aquecer? Nesse caso, talvez seja necessária uma fonte que produza calor pra queimar, sem roubar o que resta em nós.
O que seria de nós e desse mundão se as comportas do céu fechassem, deixando de enviar a chuva? Além da sede nos fazer secar até a morte, todos os nossos sonhos e esperanças se desfariam em pó.
A obscuridade que ronda, levando a tristeza e a solidão – até fazendo desejar a morte – pode ser o desejo de ir além da aparência, quebrar padrões e formas, e conhecer a profundidade que dá sentido a vida.
Quando a mente chega a percepção que tudo já foi experimentado e as motivações se desfazem em neblina, buscar outra rota pode apenas nos levar na direção da bad, que tentará possuir nosso corpo; transformando esse momento em dor.