A queda costuma estar associada a redenção, por lembrar de nossa proximidade ao chão, de sermos apenas pó. Dessa forma somos expurgados do orgulho, de nossa segurança e recursos, enquanto sofremos mudanças e amadurecemos.
O problema em aderir à cultura do desapego que faz parecer legal não se abrir com ninguém – enquanto a gente passa o rodo – é que a praticidade e a duração dos instantes de prazer não são suficientes pra convencer a gente de querer ficar.
Mais importante que preencher uma tabelinha de necessidades emocionais é estar atento as formas que o afeto pode ser demonstrado, ficar preso num ideal pode apenas gerar expectativas desleais e a gente secar num deserto mesmo inundados de amor.
Como nosso cérebro é quem decide se o corpo dá ou não atenção a dor, ele pode enviar uma mensagem de volta aos nervos pra silenciá-los se achar a situação segura ou que essa ação seja necessária.
Um término – seja lá por qual motivo aconteça – é um dos momentos mais difíceis de enfrentar e quanto mais profundo o sentimento envolvido, pode até fazer um chute na virilha parecer menos doloroso.
Da mesma forma o viés que "tudo o que é bonito é bom" torna a aparência atrativa, somos levados pelo inconsciente a valorizar a estética, feito mariposas em busca de luz. Algo que pode ser perigoso, levando a nos envolver com pessoas vazias.
Até a felicidade contém sua carga de sofrimento, um sorriso pode ocultar a dor gritando em nós e o fim da alegria pode trazer tristeza. Ele pode surgir por diferentes motivos: nervosismo ou ansiedade, adquirindo um tom sem graça quanto forçado.
Por mais que a cultura exalte a independência e o desapego do hedonismo que não possui nenhuma responsabilidade emocional com o outro, o "eu" é um fenômeno muito mais social que sua aparência interior faz parecer.
Trabalho duro é o mesmo que dedicação, um traço positivo que leva a grandes conquistas e a uma vida bem-sucedida; sendo uma força poderosa, molda e impulsiona a alcançar cada objetivo.
Muito do que comentamos do outro, diz mais sobre quem somos que a gente gostaria de admitir, mas quando falamos de nós mesmos isso pode não traduzir a realidade. A ótica que utiliza intenções descritivas pra desenhar quem somos pode não ser exata.
A preexistência da essência que soprou a vida em nós também pode ser encontrada na matéria a qual somos formados. Não apenas somos um universo particular em nossas complexidades: temos o universo dentro em nós.
Toda atração exercida por bebês não é por acaso, essas criaturinhas possuem o superpoder de encantar, assim como os demais filhotes de animais, cuja fofura une um conjunto de características que os torna irresistíveis.
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