Com movimentos graciosos, a borboleta nem parece se tratar de um inseto, mas de um ser mítico, como uma fada. E se ela representa o bem, a mariposa acaba simbolizando o mal e toda sensação ruim e de mau agouro despertada pela escuridão.
Vivemos numa sociedade que cultua a aparência, dando-lhe atenção, curtidas e até sentenças menos duras. Mas a aparência pode enganar e até ser mortal porque o exterior não retrata com exatidão essência, nem saúde física ou emocional.
Quando o encontro é bom a física pode desencadear uma química que beira os limites quânticos criando uma atração que desperta a vontade de entrelaçar os dedos pra não mais soltar e a distância se reduz aos centímetros afastados da outra pessoa.
Não é preciso nem mesmo um encontro pra felicidade se espalhar pelo rosto e os olhos brilharem conforme a mente cria probabilidades do que um encontro pode resultar. É possível traçar uma vida inteira assim, basta deixar a emoção dominar.
Conforme o desejo pelo crush cresce, os olhos deixam de ser confiáveis, nos fazendo vê-lo em diferentes lugares, até em outras pessoas. E cada olhar rápido esconde a pessoa nos observando a distância.
Rever a crush basta pra acender o mesmo sentimento e vontade de quando sua existência se fez presente. É ser assaltado por uma tempestade de sensações que agita prazer e insegurança de uma só vez.
Ainda que curto, um encontro de olhares pode durar o suficiente pra espalhar cor ao nosso mundo e despertar desejos, deixando saudade quando chega a distância.