Poesificando: Flamejante verdor – Seu olhar me encontrou
TOMMY VAN KESSEL/ Unsplash

Flamejante Verdor – Seu olhar me encontrou

Batia-me defasado o coração,
Não mais te esperando rever,
De outras tantas incertezas
Afoita mente minha encheu.
Não mais podiam meus olhos

Contemplar o brilho dos teus.
Até Halley, no céu, logo se vê,
Mas cadê você, desapareceu?
Acaso a frágil condensação
Te pode impedir de brilhar?

Como onda, marola verde,
Que vai, mas também vem,
Voltastes, então te pude ver.
Mas te não viestes pra mim.
Apenas brisa leve e suave,

Você soprou poesia em mim
Alex Perez/ Unsplash

Soprastes, assim, em mim,
Afanando, teu verde olhar,
Dissipou imenso calor meu,
Que insistente em torturar.
Despercebido, da vida, estava

Até raios de calor me aquecer
Quando me deparo, vejo olhos
Os mesmos verdes de outrora
Tomado por verdor fui a fruir.
Qual te foi o intento em voltar?

Retornar pro seguro porto meu?
Certamente isso não foi por isso.
Te foste tão rápido mais uma vez
Foi culpa fingir te desconhecer
Devido a este meu fraquejar?

Só sei, encontrar-me agora sem ti.
Oh, vésper, a brilhar voltastes tu,
Ainda antes da escuridão chegar.
Acaso te apresentastes pra mim,
Com brilho de maior candência?

Se não o foi, por que estás a luzir,
Desfazendo trevas dos dias meus,
Que me impediam tua luz evocar?
Se o regresso teu não foi pra mim
Melhor seria continuar em trevas

Que ver-te sabendo minha não ser.
Vá daqui, volta ligeira pro teu céu
Errante estrela, no ar, a vaguear
Pois a este lugar não pertences.
A escuridão não é tua habitação,

Sua vinda afasta as trevas
Ben Griffiths/ Unsplash

Quando chegas as trevas dissipas.
Deixas-me aqui nas profundezas
Não amoles com brilhar opulento.
Antes cego pela escuridão ao redor
Que por tua distante, saudosa luz.

Apenas sente prazer na distância
Aquele que nunca se apaixonou.
Se não posso, aqui comigo, te ter
Melhor é jamais voltar a ver-te.
Dor ainda maior que não te ver

É saber, que minha efemeridade,
Resultará viver sem te ter aqui,
Verde chama, ainda sendo fraca,
Me fazeres, lentamente, suspirar
Queimando, bem dentro de mim.


#papolivre

E quando alguém te desperta o interesse e você logo se vê com a pessoa, mas por causa da timidez não faz nada e ela se vai, sem você, se quer, trocar palavras desajeitadas – desculpas só pra ter atenção por um instante. Até que, sem esperar, você a revê e a vontade que se tinha ido, acaba voltando, mas qual seja o motivo, novamente não o papo não acontece – nem mesmo pra falar do tempo.

Se rolar algo com o crush não deu certo, então o melhor é tomar uma atitude e esquecer de vez, por mais que possa não faça sentido – já que você está a fim dele – continuar pensando em alguém quando não há a menor possibilidade de ficar só vai fazer mal, então o melhor é limpar a mente e o coração pra um novo alguém.

Esse poema é o segundo da série “Poesias Flamejantes” e fala sobre o que ocorreu após o primeiro encontro.

Ósculos e amplexos,

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