Poesificando: Quando grita o desespero em mim
Cristian Newman/ Unsplash

Quando grita o desespero em mim

Por que preciso ser forte e resistente
Quando em mim há desejo de desabar?
O que necessito é amor sem medidas
Pra curar a dor que essa vida causou.

Surpresas desagradáveis vêm até mim,
Adentrando com profundidade laceram
Cortam pele, músculos, ossos, a alma
Profusas arraigam, sem dó ou piedade

Será a vida injusta e sem misericórdia?
Perturbada, a mente não mais raciocina.
Vontade maior desse momento é gritar,
Botar pra fora a escuridão que me assola

De surpresa chegou, tomando o coração,
Mas é preciso resiliência, em frente seguir
Não é aqui o descanso, tão pouco o final.
De cabeça erguida e os olhos marejando

Passos a frente
Gupta Duro/ Unsplash

Sigo, passos à frente, preciso continuar,
Talvez até caia ou não consiga acertar,
Mas levanto outra vez, parar não vou
A vida é minha, bem como as decisões.

Sou o único responsável pelo que cativei.
Calo, querendo no desespero me lançar,
Tudo que preciso é bonança, companhia,
O afago de um abraço que forças me dê.


#papolivre

Momentos de dor costumam gerar poesia, mesmo a dor não emergindo de nós; versar sobre o sentimento alheio possibilita acurar a sensibilidade e exercitar empatia. Segundo a poetisa Frida Vingren “os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação”.

Diante da aflição devemos trazer a memória o que nos dá esperança [Lamentações 3.21] porque isso libera hormônios do bem-estar. Recorde que mesmo quando nossos sentimentos não eram os mais nobres fomos amados [Romanos 5.8] e de uma forma imensa que nos trouxe mais que boas sensações [João 3.16].

Ósculos e amplexos,

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