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Poesificando: A segurança a desabar do céu - .inversivel
Poesificando: A segurança a desabar do céu
Johannes Plenio/ Unsplash

A segurança a desabar do céu

Ao som da chuva tudo silencia
Sua imponência rouba toda atenção,
Ao som da chuva a calma se refaz
Se reestabelece a tranquilidade.

Ao som da chuva me envolve a paz
Conforto e abraço que tranquiliza,
Ao som da chuva se vão os medos
Restando uma noite de sonho feliz.

A chuva lava, carrega, desfaz
Tudo aquilo que eram cargas
Todas as minhas tempestades
E o que era temor é arrastado

Pra distância do esquecimento.
O que era erro acaba afogado,
Sensação de vazio é inundado,
Questionamentos são desfeitos

Enquanto lá fora a chuva cai.
O som que me invade o ouvido
Traz uma melodia irresistível
De segurança e tranquilidade

Vibrando toda água em mim
Vem lembrar onde eu descanso.
Também sou água e vou chover
Até alcançar as águas tranquilas

Alcançando as águas tranquilas
Ishan @seefromthesky/ Unsplash

Onde o movimento de vida
Agita e desloca a face das águas
Já chovi tanto pra mim mesmo
Embora nem sempre seja a causa

Mas enquanto a chuva canta
Me embalando com o sono
Convida a chover com ela
Correr livre pelo céu e árvores,

Precipitando de galhos e folhas
Indomável pelas ruas e avenidas
Sem que ninguém possa deter
Assim enche os açudes, alaga rios

Trazendo energia, afoga a sede
Mais uma vez chama pra chover
Fluir a liberdade que só ela tem
Pra correr campos e a imensidão.


#papolivre

Quando a chuva chega, a gente costuma procurar abrigo e manter distância de metais pra escapar dos raios, sem atentar pra sua importância. Mas a água que cai durante a tempestade, enche os lagos e rios, recarrega aquíferos subterrâneos e fornece bebidas pra plantas e animais, permitindo o ciclo da vida continuar.

Existe algo de maravilhoso na chuva que de graça cai, em sua força que balança as árvores e enxarca à terra. Sua agitação é provocada pelos passos daquele que anda no temporal, cujas nuvens são o pó de seus pés [Naum 1.3]. O trovão anuncia sua chegada e as nuvens escuras lhe servem de estrada [Salmos 18.9].

A canção da chuva é proximidade que envolve, a carregar o Senhor do tempo que desliza sobre as asas do vento [Salmos 18.10] – aquele que possui o controle tanto sobre a unidade que mede o deslocamento da vida quanto das condições climáticas [Salmos 148.8]. Por isso a calmaria habita as tempestades e a segurança se mostra nos raios.

Ósculos e amplexos,

Mishael Mendes Assinatura
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