Poesificando: O que veem seus olhos pela janela?
Max Harlynking/ Unsplash

O que veem seus olhos pela janela?

Se você olhasse agora pela janela, o que iria ver?
Um céu azulado, salpicado de nuvens abstratas?
Em ameaça cinzenta, o tempo de cara fechada?
A refrescância da chuva a amenizar o mormaço?

Talvez uma noite estrelada, com a lua brilhante?
Ou o nascer do dia pondo fim a toda escuridão?
Ainda que o tempo sorria lá fora, ele é mutável,
Já quando fixo em teus olhos, tudo o que vejo é

Liberdade, a me conduzir todos os pensamentos,
Corro pela saudosa infância, sem tristeza temer,
Encontro paz a conduzir por verdejantes lugares,
Enquanto navego na calmaria de águas tranquilas

Sabendo que o fluxo conduz à direção adequada.
Seu beijo inspirou, fez sentimento florir na pele,
A fragrância de seu cheiro deixou tantas marcas
Que ao soprar do vento o meu corpo exala você.

Sua boca, suas mãos e pele, me põem perdido
Até sensações fazerem eu me reencontrar em ti.
Da cabeça aos pés você arrepia, eriçando pelos,
Mesmo assim, me inunda de quietude sem fim.

Teu olhar me consegue furtar palavras da boca
Até aquelas que ainda nem fiz menção de dizer,
Despertando prazer, cuidado, carinho, conforto,
E aumenta a vontade de nunca mais nos separar.

Depois que viestes, difícil é aceitar sua ausência,
Mas o propósito da saudade é aumentar o afeto.
Ao ouvir sua voz, irrompe algo que só sei sentir,
Bom é saber que aí, você também pensa em mim.

As verdades que vêm da janela
Mary Borysova/ Unsplash

Existe algo tão bom aqui em mim, trago por ti.
Não há como não lembrar você, só por saber que
Mensagem sua chegou, meu corpo se estremece,
Qualquer hora é desculpa boa pra você aparecer.

Sua voz mexe comigo, seus sussurros no ouvido
São suficientes pra me arrancar alguns arrepios,
Que foi que fizestes pra me deixar assim por ti?
Não vou mais me enganar, é hora de dar basta,

Acreditando em melhores dias, sustento firmeza,
Pronto pro amor, levo meu coração em direção
Ao brilho que de você começa a resplandecer
Em céu limpo, onde todos meus medos se vão.

Desejo ganhar abraços e dar beijos demorados,
Você se tornou vício ao qual não quero largar.
Não exijo nada em troca, peço apenas paciência
Pra cada dia mais poder sua essência conhecer.

Enquanto o dia não surge, te fazendo despertar,
Ouço teus áudios e te imagino falando comigo,
E o sorriso escapa me tomando todo o corpo,
Quero provar teu beijo macio e roubar teu calor.


#papolivre

Com os olhos, é possível perceber tudo a nossa volta, captar momentos e cores, objetos e formas, também sentimentos e poesia, sorrisos e sinais que acabam registrados na memória, eternizando lembranças. Nossa visão consegue enxergar além do material, atingindo o abstrato, até revelar o que vai à alma, conseguindo fornecer luz a nós [Mateus 6.22] e nos fazer chamar atenção.

Entre janelas que se encontram, se pela moldura física, a gente vê o tempo surgir seguindo em clima e cores distintas, pela que revela a alma, é possível encontrar desejo, calmaria, amor, proteção, carinho e um mergulho que vale a pena ser dado pra lançar fora medos e temores, e viver uma história que se mostra necessária poesificar – onde se traduz em palavras aquilo que só nos é possível sentir.

Ósculos e amplexos,

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