É sorriso que não se quer acabar,
É felicidade que não para de dar,
É ansiedade que só faz aumentar,
É o fôlego que custa a terminar.
É toque que chega a arrepiar,
É um arfar de sons e respirar,
É alegria pelos olhos a escapar,
É a alma na janela a debruçar.
É se doar sem retorno esperar,
É de toda vontade se entregar,
É no consolo do peito se abrigar,
É no braço conforto encontrar.
É saber: eternidade não dá pra domar
E melhor é o agora pra aproveitar,
É se refazer cada vez que distanciar
E durante o encontro se extasiar.
É a emoção mais intensas vivenciar,
É sensação escondida experimentar
E sem temer cair, do alto se lançar
É a pele de pequenas pressões lotar.
É sangue que flui com um pensar,
É vontade que não te deixa olvidar,
É saudade do que ainda se irá provar,
É não temer a escuridão atravessar.
É sangue que pulsa com o pensar,
É vontade que não te deixa olvidar,
É saudade do que ainda se irá provar,
É não temer a escuridão atravessar.
É calmaria a intensidade aumentar,
É de olhos abertos voltar a sonhar,
É aquilo que o coração faz agitar,
É tocar a pele e desejos arrancar.
É mão pela nuca pra perto puxar,
É a exclusividade que faz atentar,
É mesmo sem sol a pele aquentar
É mistério agir sem sentido buscar.
É no beijo se perder e se encontrar,
É certeza do bem por ao lado estar,
É na presença o coração acelerar,
É resgatar a beleza refletida no olhar.
É vontade de segurar pra partida evitar,
É tempo que, na distância, custa passar
E perde o sentido quando junto se está
É gosto na boca até sem drops chupar
É seguir na direção e nela se encontrar
É de boas vibrações a sensação inundar,
É quando palavras começam a esgotar,
É o tomar teu rosto que me faz poetizar.
#papolivre
Sabe a coisa boa que provoca diferentes sensações apenas por falar com aquela pessoa especial e que nos leva a imaginar o que desejamos experimentar ou reviver com ela? Assim nasceu esse poema. Como definição, ganhou estrofes e rimas que emendaram sentimentos, rascunhados nas partes limpas de um folheto qualquer – já que o celular estava descarregado.
Não costumo compor poesia rimando – faço o possível pra evitar isso – mas essa é a exceção a regra. Procurei deixá-la o mais próxima à naturalidade que se formou ao expressar o plurificado significado que o amor possui pra cada um de nós.
Ósculos e amplexos,
Autor de Interrompido – A curva no vale da sombra da morte, é um cara apaixonado total por música, se deixar não faz nada sem uma boa trilha sonora. Bota em suas histórias um pouco de seus amores e do que sua visão inversível o permite enxergar da vida.