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Poesificando Do alto veio mergulho mortal - .inversivel
Poesificando: Do alto o mergulho mortal
Foto: Tommaso Fornoni/ Unsplash - Edição: Mishael Mendes/ Inversível

Do alto veio mergulho mortal

Vontade da não existência experimentar,
Dor e prazer do vislumbrar ininterrupto,
Luz que ilumina mostrando a escuridão,
Em mim contraditório pensamento fatal.

Vida e morte, juntas vão impulsionando,
Alegria do constante e excruciante sofrer,
Apesar do viver não ser somente aflição,
Os momentos de pesar parecem insuflar,

Inflam mais que a alegria das tardes de verão,
Ensolarado prazer desfrutado com queridos.
O pesar de um sonho pode ser tonelástico
Pra que seja carregado por apenas um só ser,

Ir contra o mundo, mesmo ele nos ignorando.
Usar a escuridão como força que propulsiona
É algo periculoso e inflamável como o etanol,
Ainda assim, tão necessário pra poder atingir

Maior distância, com latente rapidez alcançar,
Que me possa levar antes do futuro ser real.
Cada tropeço é dor e motivo pra poesificar,
Epifânica lucidez, revela fragilidade humana.

Dor expõe debilidade, cria divisões e limites,
Onde se encontra ponto de partida pra longe.
Quem tem consciência da própria ignorância
Até pode não conseguir sanar o mal em si,

Mas sabe mais que o versado no saber ilusório.
A consciência das limitações deixa ultrapassar
Mapa que te localiza, dando sentido e direções,
Segunda estrela à direita, direto até o amanhecer.

Morada escondida nas nuvens, suspensa no ar,
Oculta por aglomerados de gotículas e cristais
Que não desaparecem mesmo após chover aqui,
Te encobres corpo gasoso com o próprio luzir.

A vontade de autossabotagem pode ser grande,
Mas a resistência e a fuga fazem ser mais forte.
Sonho, compulsório insight, fatuidade emergida
Vezes uma ou outra escorrem sem se concretizar,

Alcançar novas alturas
Douglas Bagg/ Unsplash

Alimento da alma e da esperança de um mortal,
Combustível que catapulta a uma estreita senda.
Chegar mais alto, elevar-se até poder o céu tocar,
Não deve ser apenas poesia, mas propulsão física,

Embora alçar novas alturas, dantes desconhecidas
Provê deslumbrante vista, pode aumentar a pressão,
Resultante peso infindo, maior que a dor possa ter,
Quanto mais perto da luz, mais a visão corre perigo,

Asas se desfazem, derretendo, propiciando queda.
Pra chegar-se alto, deve-se ter além das motivações,
Consciência do preço, coração mais leve que pluma;
O universo a brilhar nos olhos, torna o corpo em luz,

Apesar dos inconstantes desconhecidos à espreita,
A visão do alto permite a compreensão transcender,
Não há o que possa tocar com mais profundidade,
Beleza possibilitada pelo que a dor faz perceber

Brilho, nos olhos inertes pelo que não conquistou,
Intensa procura, em imersões levadas pelas ondas.
A busca em si, é maior que a glória de conquistas,
Permite encontros, descobertas, desdobramentos,

Cada erro traça o caminho rumo ao aprendizado,
Enquanto a conquista, do sossego traz o conforto,
Levando ao comodismo de se ter alcançado o topo,
Mas todo aquele que permanece orgulhoso, no pico,

Negando-se a descer, atrás de outras conquistas ir,
Morre congelado pelo esplendor do que se passou,
Enquanto há quem encontre patamar mais elevado,
Alcançando maior honraria, fama e esclarecimento.


#papolivre

Afinal, do que a gente é composto? Barro, quase pó; elementos nobres, vitaminas, minerais, carboidratos, fibras e proteínas; poeira estelar; reações físico-químico-biológicas; matéria, sombra do impalpável; a soma de nossos erros e acertos ou um pouco disso e muito mais?

É difícil dar uma definição direta sem incorrer no subjetivismo ou na simploriedade. Somos mais que até sonhos e pensamentos possam alcançar, misterioso universo interestelar interno.

Dor assusta, provoca, traz peso e incômodo, mas também faz parte do crescimento – assim como os erros que vão assinalando os trajetos que não devem ser percorridos – ela serve pra trazer despertamento, por isso não a use pra se isolar ou se lançar no poço da tristeza. Às vezes a vida parece bastante dicotômica, mas se você permitir, vai poder enxergar além da visão e ver as cores que iluminam a vida. Que, independentemente do que foi experenciado, a candeia ilumine, fornecendo luz ao corpo [Mateus 6.22-23] e a mente.

Ósculos e amplexos,

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