Se a manhã me desse um raio de sol
Ele traria a beleza do sorriso teu
Que nasce no silêncio do despertar
Espalhando calor entre as árvores,
Iluminando tudo ao seu redor.
As flores enchem os campos,
De verde os passos meus,
Teu sorriso ilumina, clareia.
Se a manhã me desse um raio de sol
Eu iluminaria as ruas e caminhos
Só pra te ver passar sambando
A transbordar da pele o alvorecer.
A senda que me leva até você,
Mesmo em meio a escuridão noturna,
Não pode esconder a aurora a nascer,
Em meio as trevas, uma chama em mim.
Se a manhã me desse um raio de sol
Poderia ir correndo até o quarto teu
Atravessando a noite e as estrelas
Só pra ver teu primeiro sorriso brotar.
A lembrança do teu sorriso reluz
E vai crescendo, levantando-se,
Aos poucos, se revela no horizonte,
Quando vi, o dia virou perfeição.
Se a manhã me desse um raio de sol
Não ia ser necessário esperar pelo
Amanhecer despontando no céu,
O dia poderia nascer agora mesmo.
Em teus braços o calor mais intenso,
O afago que acolhe e envolve,
As palavras que provocam tremor
E o sorriso que faz o dia nascer feliz.
Se a manhã me desse um raio de sol
O guardaria pra poder iluminar
As trevas em suas noites, afastando
Espantos, terrores ou assombração,
Mas veio a manhã, levando medos
E anseios, como chuva varreu,
Trouxe a promessa e a esperança de
Mais uma vez ver teu rosto brilhar.
#papolivre
Um sorriso consegue despertar simpatia e provocar alegria. Difícil é alguém não retribuir o gesto quando exposto a ele, nossa genética nos impulsiona a isso – como abordei no artigo “Exercitando a Alma“. A sinceridade em um sorriso torna distâncias em passos, dificuldade em solução, medo em estímulo, escuro em aconchego.
E quando o sorriso é de quem gostamos, apenas a recordação de seu brilho é capaz de aquecer tudo em nós, fazendo despontar alegria que nos toma o rosto e a gente sorri à toa – pelo menos é o que pode parecer pra quem não sabe o motivo daquela felicidade repentina. Assim, sorriso é raio de Sol que nos alcança mesmo nos dias frios e obscuros, onde aquece alcançando a alma.
Ósculos e amplexos,
Autor de Interrompido – A curva no vale da sombra da morte, é um cara apaixonado total por música, se deixar não faz nada sem uma boa trilha sonora. Bota em suas histórias um pouco de seus amores e do que sua visão inversível o permite enxergar da vida.