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Quando a luz se materializou
Por causa de uma decisão ruim uma terrível consequência corrompeu tudo, enchendo todos os entendimentos de trevas e confusão.
Por Mishael Mendes access_time 3 min. de leitura

Antes mesmo do princípio existiu a luz,
Até ela reverberar, explodindo em dimensões
O impalpável ganhou forma e se expandiu.
Num entrelaçamento das cordas lugar brotou

Repleto de tons, texturas, formas, proporções,
Onde o céu tocava as árvores que abaixavam
Cumprimentando quem passava pelo caminho
A felicidade ecoava pelos quatro ventos

Até uma dúvida, levar a ação que desencadeou
No início da corrupção geral, tudo então decaiu
Dali em diante, os seres se desencontraram,
Perdendo o centro, propósito, valores, convicção

A escuridão aumentou consideravelmente,
Começou sutilmente, como sopro, um sussurro,
Que ao ser seguido, foi levando a perdição,
A canto algum, de lugar nenhum, que não se devia ir

Enquanto a noite aumentava, obscurecendo mentes,
Distorcia a visão, tornando destruição em prazer
Então das escuras nuvens, água cristalina desceu,
Inundando desertos, soterrando vales,

Planificou os montes
Alexandre Chambon/ Unsplash

Planificou montes, colinas e curvas, endireitando
Todo caminho, afogou erros e lavou incertezas.
No estado de luz, ela brilhou na densa escuridão,
Sendo luz pros passos, mostrou estreito caminho,

Alternativas mostravam que ninguém sabia onde ir,
Escolhas não passam de ilusão da enganosa mente.
Mas no ponto de maior brilho, rejeitou-se a luz,
Tornada matéria sobre si templos ao ego se ergueu.

Ela que, sendo luz sem fim, deixou todo esplendor
Possuído acima das estrelas, na luz inacessível
Ao pó se lançou, alcançando o estado sólido
Reduziu-se pra clarificar, ao invés de exterminar.

Luz revela tudo, não há o que se possa esconder
De seus raios, alcança os cantos mais obscuros
Assim mostra o que se intentou esconder,
Intenções, situação ruim e o que se apontou

Eles insultaram
Khashayar Kouchpeydeh/ Unsplash

Por causa disso, insultaram, esmurraram,
Até silenciar a luz, então o dia escureceu,
Mas pela manhã, no domínio, tornou brilhar
O dia perfeito fez, enchendo do resplendor.

Atravessando barreiras, paredes, o tempo
Saiu a incendiar corações, enquanto brilhava.
A luz que em chamas iluminou noites, voltou
De onde veio, resplandecendo ainda mais

Agora ela aguarda o tempo em que relampejando
Vai encher terra e céus, quem a recebeu irá tornar
Luz pela duração que o tempo não pode conter
Onde estrelas, planetas, satélites vão todos brilhar.


#papolivre

Uma escolha mal feita – uma má decisão – pode fazer a gente ter muito o que lamentar, ou ser ainda pior, trazendo como consequência algo degradável, resultando num grande e terrível mal [Gálatas 6.7] que apenas com muito custo é possível reparar o erro [1 Timóteo 2.6].

Com esse propósito a luz, que guia nossos passos [Salmos 119.105], habitou entre nós, resplandecendo sua glória [João 1.14] – a luz do mundo [João 8.12] veio dar visão física [João 9.32-33], mas também entendimento [João 6.47, 14.6], se fazendo maldição por nós [Gálatas 3.13].

Essa luz pura, intocável e cheia de glória diminuiu a ponto de se tornar barro [Filipenses 2.6-8] – em estado humilhante se fez, reduzindo-se pra trazer redenção [Salmos 36.9] e clarificar [João 1.4] todos os sentidos que estavam obscurecidos pela corrupção [Romanos 3.10-20].

Ósculos e amplexos,