Nos últimos dias temos vivido tempos de trevas e incerteza causado não apenas pelo coronavírus, mas pela forma que nação tem sido conduzida nos levando a questionar se ela ou a economia irão sobreviver a tudo isso – a expectativa de crescimento do PIB pra esse ano já foi zerada.
Segundo alguns, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e Mandetta têm tentado barrar o atual presidente, enquanto na surdina governadores se aproximam do Partido Comunista da China, com a intenção de retirá-lo do poder e vender a nação, contando com a ajuda da mídia pra enfraquecer a imagem do governo e deixá-lo desacreditado.
Não dá pra negar o poder da mídia em moldar a opinião pública, a chegada de Fernando Collor a presidência se deu por isso, embora sua incompetência o tenha feito ser deposto por impeachment. A ironia é que a mesma emissora que possibilitou a derrota de Lula, em 1989, foi a que o ajudou a ser eleger em 2003, ser reeleito em 2007, e projetar sua indicada, Dilma, a presidência, em 2011 – contra qual se voltou após sua reeleição.
Apesar de parte da população ter notado a influência da mídia, ela ainda possui alto índice de confiança. Segundo pesquisa do Datafolha, programas jornalísticos televisionados possuem 61% de credibilidade, enquanto jornais impressos ficam com 56%, ambos liderando o índice de confiança da população. Mesmo a enquete sendo voltada pra divulgação de informações sobre a COVID-19, dá pra ter uma noção do peso exercido pelos veículos sobre a opinião pública.
Como resultado o índice de desaprovação do governo federal tem aumentado, ainda que parte das informações sejam tendenciosas e divulgadas pra desacreditá-lo, o total de brasileiros que considera sua gestão como ruim ou péssima é de 42% – embora nas redes sociais o presidente possua menções positivas de 78%, principalmente depois da entrevista concedida por Mandetta.
A situação não melhorou nem mesmo quando o presidente tentou conter a crise – instaurada devido ao isolamento social que liberou o funcionamento apenas de serviços essenciais – ao oferecer auxílio emergencial, além de medidas, visando a proteção do trabalhador durante a quarentena; o número de desempregados deve oscilar entre 20 a 40 milhões, provocando uma contração recorde de 15% na renda da população. Ainda assim, lhe cobraram agilidade, mesmo sabendo que o processo necessita de tempo pra não haver improbidade administrativa.
“O problema de ficar na defensiva é que a gente acaba não enxergando que o erro pode estar mais perto do que se imagina.”
Olhando por essa ótica, fica claro que o objetivo da mídia é desacreditar o presidente eleito – que chegou a posição atual por sua maneira de ser e falar, agora criticadas – ao dar notícias manipuladas, fora de contexto e fazendo acusações quando deveriam apenas informar. Como resultado dessa manobra a imagem do país ante os olhos do mundo reduziu e ainda incitou a imprensa internacional a seguir na onda de críticas.
Enquanto a mídia – e políticos em posições estratégicas – submetem a população a lavagem cerebral num momento crítico, intelectuais, como Olavo de Carvalho, tentam chamar atenção pro que está sendo articulado, conseguindo que muitos repercutam as denúncias e se posicionem contra toda falcatrua que visa destruir um presidente a favor dos valores cristãos – ungido pra ocupar o posto atual.
O problema de ficar na defensiva é que a gente acaba não enxergando que o erro pode estar mais perto do que se imagina. Xingar emissora ou veículos de imprensa, bem como políticos contrários ao posicionamento presidencial, serve apenas pra nos fazer esquecer que o chefe do Estado falha em muitos aspectos.
É preciso regular o foco pra não se deixar envolver pelo engano ou a ignorância, porque ambos levam a cegueira do extremismo. Que a mídia dominante e sensacionalista se aproveita desse momento pra fragilizar o governo e se eximir da própria responsabilidade – como no Caso Suzy – é inegável. Tendenciosa, a emissora global vem realizando ataques antes mesmo do presidente chegar ao Palácio da Alvorada, ainda mais após ver reduzida a verba federal destinada à publicidade, agora diluída entre suas rivais.
Mas o empenho dos ataques não se dá ao medo de perder sua concessão, a emissora possui direitos de uso até outubro de 2022 e pra revogá-lo seria necessário todo um trâmite cuja sentença poderia ser contestada. Caso o presidente seja reeleito e peça a não renovação, como a Constituição Federal visa resguardar a liberdade de expressão, o processo seria complicado. Assim, as investidas se dão devido ao desespero em retomar o controle.
Enquanto isso, no governo, políticos têm agido de má-fé, atacando ou contrariando o presidente sempre que possível. O mais afrontoso deles, Doria, pensando na própria candidatura, tem realizado reuniões secretas com o embaixador da China e governadores dissidentes em busca de apoio e alianças que lhe garantam a vitória, em 2022.
“É preciso regular o foco pra não se deixar envolver pelo engano ou a ignorância, porque ambos levam a cegueira do extremismo.”
Mesmo ponderando política e mídia, o fato é que o presidente tem contribuído bastante, ao fornecer material pra que os ataques aconteçam, algo que o próprio Olavo de Carvalho – que o aconselhou ainda nas eleições a se atentar a isso – reconheceu essa postura como um erro e que “agora, talvez, seja tarde para reagir”.
Seu jeitinho rude de ser, resquício da convivência militar desde os quinze o faz esquecer que o problema não está no conteúdo, mas na forma de transmiti-lo, ao qual resulta em antipatia por parte do povo. Apesar de Lula ter se envolvido em escândalos e afundado o Estado pra cumprir uma agenda comunista, é bem-visto porque era carismático e mesmo acostumado ao povo, seus discursos eram redigidos por um publicitário – que também influenciou o mandato de Dilma.
Outro ponto é sua insistência em se meter em áreas das quais não possui afinidade ou conhecimento, como quando exterminou o ministério do meio ambiente por julgá-lo desnecessário – o ministério até se manteve, mas sem eficácia alguma. Também, quando afirmou que o investimento em humanas não compensava, e ao remover investimentos em pesquisa e desenvolvimento, já escassos.
Não podemos esquecer sua irresponsabilidade frente a pandemia, seguindo o exemplo de Donald Trump, afirmou que o coronavírus não devia ser levado a sério e, caso o contraísse “nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho”. Assim como o chefe dos Estados Unidos reconheceu a gravidade do flagelo, mas botou a culpa na OMS por sua disseminação no país, nosso regente responsabilizou seus “inimigos” enganadores por exterminarem empregos.
Devido ao seu posicionamento durante a crise mundial de saúde, contrário as orientações do ministério da Saúde que seguem recomendações da OMS, como estimular aglomerações e o contato físico, além de ignorar o uso de máscara, 51% da população considera que ele mais atrapalhou que ajudou na luta, conforme pesquisa do Datafolha.
Suas atitudes têm afastado até aliados, enquanto governadores se veem obrigados a reafirmar o posicionamento de seguir as orientações do ministério da Saúde. Mesmo assim, um de seus “inimigos”, aconselhou a alterar o valor do auxílio emergencial, mostrando que Rodrigo Maia não é de todo vilão, pois bastava ficar de boca fechada pro presidente ser retalhado.
Por mais errada que a mídia esteja em seu posicionamento, apenas cumpre as profecias bíblicas ao preparar o cenário pra vinda do anticristo. Assim insultá-la, perseguir ou despejar discurso de ódio contra os inimigos do governo é total perda de tempo, até porque reclamar nunca resolveu nada, ainda mais porque o problema que atravessamos não está relacionado a pessoas, mas ao âmbito espiritual [Efésios 6.12], então mesmo causando mal ao presidente e a nação, a parte que nos cabe é orar [Mateus 5.44].
É necessário entender que vivemos num Estado laico, logo a preocupação não deve ser um chefe do Executivo favorável aos cristãos, mas empenhado em estabelecer a justiça [Miquéias 6.8]. A história prova que da mistura de política com religião nunca resultou em algo bom, além disso, querer um governo com preferência por determinado grupo é buscar o contrário da democracia e da vontade de D-s – o qual não tem predileções e se agrada de quem o teme e pratica a justiça [Atos 10.34-35].
Mais que procurar culpados, é preciso entender que um governo é reflexo de seu povo e mesmo ele não sendo bom o suficiente ou capacitado pra fazer as melhores escolhas D-s é quem o permitiu estar ali [Romanos 13.1-4], por isso devemos respeitá-lo [Tito 3.1]. Independentemente dele agir ou não com sabedoria, o Eterno é quem está no controle [Provérbios 21.1] detendo o curso e o governo de tudo [Salmos 22.28].
Mesmo o presidente cometendo deslizes, alguns propositais por ser turrão, outros nem tanto; não adianta esquentar a cabeça, se metendo em brigas e discussões em defesa ou crítica, difamar ou compartilhar coisas, contra ou a favor. Nada disso traz solução, a única forma de resolver impasses e garantir o melhor pra nação é orar por ele [1 Timóteo 2.1-2].
Ter sido escolhido por D-s não significa que ele irá resolver todos os problemas ou exterminar o mal, pois apesar de ascender a uma posição importante, continua sujeito a cometer erros e a se enganar [Jeremias 17.9, Provérbios 27.19]. Antes de tudo, unção simboliza eleição, ela não remove a humanidade sujeita a falhas; mesmo Saul recebendo a unção [1 Samuel 9.15-16] isso não o impediu de errar até D-s o rejeitar por completo [1 Samuel 16.1].
Por isso, diante de um presidente fraco – e humano – o melhor a fazer é confiar em D-s [Salmos 118.8], porque Ele é quem tem as melhores intenções pra nós [Jeremias 29.11]. O único governo que não irá decepcionar e dar fim a toda dor é o de D-s, que fará novas todas as coisas [Apocalipse 21.3-5], enquanto esse tempo não chega, oremos pra Ele conduzir o coração de nosso presidente, pra termos paz e um governo justo [Provérbios 29.2].
Pra expandir a mente
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As Chaves do Reino: A natureza política da igreja como embaixada de Cristo – Como embaixadores de Cristo, temos um importância significante de nos envolver na sociedade, utilizando as chaves do Reino pra anunciar uma nova era de teologia política e Jonathan Leeman ensina como fazermos isso fundamentados nas Escrituras.
Ósculos e amplexos,
Autor de Interrompido – A curva no vale da sombra da morte, é um cara apaixonado total por música, se deixar não faz nada sem uma boa trilha sonora. Bota em suas histórias um pouco de seus amores e do que sua visão inversível o permite enxergar da vida.