Todo ser que respira exala louvor.
O universo se derrama em canção,
Aquilo que se fez matéria exalta,
Do quasar ao átomo composições,
Manifestam a grandeza e bondade
Daquele cuja misericórdia envolve
A cada ser através do amanhecer;
Renovando em intensidade o amor
Que enlaçou a matéria ainda antes
De sua voz nos chamar a existência.
Não há quem seja como esse D-s,
Seu nome em mim o pode afirmar.
Mesmo sendo poeira, confessarei
Com toda força a existir em mim;
Ainda que meus lábios se fechem
Sem render gratidão pelo que és,
Sou energia condensada a vibrar
A canção que o universo ressoa;
Em som que só tu sabes ouvir,
Uma nota na melodia rendida
Pela existência que se propaga
Num louvor que iniciou, mas
Que nunca terá pausa ou fim.
Toda existência vem te louvar,
Até mesmo o que não respira,
Louva num timbre de adoração;
Em sinfonia guiada por tua mão.
Canta de um amor a repercutir,
Antes do princípio tomar forma
Se dilatou por fios de eternidade,
Entrelace do natural e do celeste.
Que a minha vida seja um louvor,
Os instantes se cruzem em acorde,
Revelando hinos a cada novo mês
E sinfonias a cada dança pelo Sol.
Que o tom emitido flua harmonia
Pra extrair um ritmo da felicidade
E acordes do pesar e sofrimento;
Que os momentos gerem melodia
Pra minha vida te louvar em versos.
Que os dias sejam louvores a exaltar
O êxtase de um amor sem medidas.
Que meu ser ressoe em gratidão
Junto aos montes que fumegam
E ao rugido exalado pelos mares.
Quero louvar o poder e majestade,
A riqueza, a sabedoria e a força;
Render gratidão, honra e glórias
Àquele que é digno de adoração.
Com o universo falar da grandeza
Do soberano, santo e verdadeiro,
Responsável por toda existência,
Tornada concreta por seu querer.
Que os quatro cantos da terra se
Rendam e o céu manifeste louvor,
A entoar o poder de teus feitos.
Tua majestade cobre terra e céu
Tua honra ecoa por dimensões.
Que os instrumentos descrevam
Maravilhas que só sabemos viver,
Que o ar em cada ser reproduza
A canção que o universo entoa;
Porque de ti, por ti e pra ti é que
Tudo existe do que não parece.
Que nosso respirar aclame a ti,
Montes se prostrem em temor,
E mares rujam com intensidade,
Ao soar a doçura de teu nome;
Aquele que é, era e sempre será.
De alegria faz o céu transbordar
Maravilhosas são as tuas obras,
Senhor Deus, Todo-poderoso,
Justa e verdadeira é tua senda.
Tua grandeza incomparável
Traz alegria ao meu coração,
E firma meu pé sobre a rocha.
Quem não louvará a esse D-s,
Nem se encherá de espanto
Ante do poder de suas obras?
As línguas te rendem louvor,
De todas as nações se revela
Justiça entre tudo que realizas.
Pequenos e grandes se dobrarão,
Declarando tua beleza e perfeição.
#papolivre
Ao acordar, as primeiras imagens que se formam na mente podem definir como será o resto do dia, por isso alguns pensamentos intrusivos tentam tomar o controle pra bagunçar nossa cabeça – algo que antes acontecia com muita frequência comigo. Entendendo que D-s é quem nos dá o milagre de despertar a cada amanhecer, passei a agradecer assim que minha consciência se liberta do sono matinal [Salmos 5.3], então começo a exaltar esse Pai, grande a ponto de sustentar a existência do universo material – caráter esse destacado no artigo “As cores quentes e frias da vida” – ainda assim, tão maravilhoso e detalhista em seu cuidar.
Dessa forma, sigo com a estrutura da oração ensinada por Jesus [Mateus 6.9-13, Lucas 11.2-4], ficando apenas com o começo, a parte de adoração ao Eterno. Ao fazer isso, a necessidade de pedir desaparece, deixando restar apenas o desejo de agradecer por todo cuidado [Salmos 23] e bençãos [Salmos 28.7-9] que Ele concede – inclusive enquanto durmo [Salmos 127.2]. Apesar de sua simplicidade, o gesto aproxima nossa mente do Pai das luzes [Tiago 1.17]. Se antes era possível falar face a face com o Eterno [Êxodo 33.11], quanto mais após o sacrifício que nos reconectou com D-s [Efésios 2.16], dando livre acesso ao Pai [Efésios 3.11-12]. O próprio Jesus é prova que D-s sempre está conosco [Mateus 1.23] – apenas habitamos o mesmo espaço em dimensões diferentes, que se entrelaçam pelo sangue do Filho.
Num dos momentos em que falava com D-s, minha consciência se inundou da percepção: somos notas na sinfonia do universo que adora, mesmo sem nossos lábios o louvar. A voz de D-s é quem criou todas as coisas [Hebreus 11.3], por isso, mesmo sem possuir alma ou emitir palavra e som, cada ser, corpo e molécula – até as interações de energia – rende louvor [Salmos 148] ao Rei do Universo [Salmos 47.2]. Toda matéria resulta de diferentes oscilações – como confirma a “Teoria das Cordas”, e melhor explicado no livro “O Segredo das Eras – Despertar” – que vibra em gratidão para engrandecer Àquele que é digno de adoração por criar todas as coisas pela própria vontade [Apocalipse 4.11].
Esses momentos de entrega me trazem profundidade de conexões que geram versos divinamente inspirados – como compartilhei no papo de “Áptero – Quando a liberdade as asas abriu“. Assim que terminei de orar, corri pra transcrever aquela revelação. Pra estrutura final usei declarações de louvor presentes em Apocalipse e algumas passagens de Salmos, bem como partes da trilha sonora do poema, “Sinfonia“, do Renascer Praise, composta pelo Estevam Hernandes, além da canção “Aclame ao Senhor“, do Diante do Trono, de autoria da Darlene Zschech, e “Teu Santo Nome“, da Gabriela Rocha, escrita pelo Felipe Valente. Que essa reflexão em versos nos leve a louvar a grandiosidade e as maravilhas desse D-s que é digno de toda adoração, com nossos lábios e em verdade no espírito, pois é esse tipo de entrega que Ele busca [João 4.23-24].
Ósculos e amplexos,
Autor de Interrompido – A curva no vale da sombra da morte, é um cara apaixonado total por música, se deixar não faz nada sem uma boa trilha sonora. Bota em suas histórias um pouco de seus amores e do que sua visão inversível o permite enxergar da vida.