Rosa que floresceu entre espinhos,
Oásis nas desertas e soturnas dunas,
Brisa no alvorecer a invadir janelas,
Refrescante chuva nos dias cálidos,
Rocha de afluentes águas vivas,
Brilhante cor, arco a riscar o céu,
Fragrância suave a exalar jasmim,
Feliz andorinha em livre revoar,
Aplainada senda de áureos tijolos
Margeada por frondosas árvores,
Luz sinalizando caminho a seguir
Na imensa escuridade alastrada,
Cristal que revela verdade da luz,
Concha a guardar pérola de dor,
Ocultando a preciosidade do mar
Que os ouvidos podem desfrutar,
Uirapuru de cantiga melódica
Divino som que a tudo silencia,
Éden, esquecido em seu verdor,
Água suave a ninar embarcações.
Sou como é você, especial assim
Importância que antes não percebi,
O que há em mim, é maior que eu
Me fazendo desejar ser, como o és.
#papolivre
Há anos deixei de me importar em datificar escritos – algo que antes fazia questão – daí quando recuperei esse poema dentre os rascunhos, ele estava com a data de 04/03/2003 – pra vocês verem há quanto tempo escrevo. A versão final passou por algumas lapidações que o aproximaram mais da forma que atualmente escrevo.
Ele foi concebido pra lembrar haver em nós um valor incalculável [2 Coríntios 4.7], mesmo a vida mostrando o contrário somos a imagem de Alguém maior [Gênesis 1.26], nossa existência não é mero acaso, mas foi desejada [Romanos 11.36]. E que apesar de iguais, em valor e importância, cada um possui particularidades que o faz ímpar e com a responsabilidade de ser útil e luz nesse mundo de escuridão [Isaías 60.1].
Ósculos e amplexos,
Autor de Interrompido – A curva no vale da sombra da morte, é um cara apaixonado total por música, se deixar não faz nada sem uma boa trilha sonora. Bota em suas histórias um pouco de seus amores e do que sua visão inversível o permite enxergar da vida.