Encantado – O arroba perfeito (Episódio 03)
Mishael Mendes/ Inversível

Encantado – O arroba perfeito (Episódio 03)

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O crush faz um pedido que deixa Adie vermelhinha, embora empolgada pra atender a solicitação.

Ela resolve contar pra família sobre Derry, então o assunto nude vem a tona, pegando-a desprevenida total, daí que as revelações sobre a troca de fotos intimas acaba servindo pra deixar a mãe assustada e além de sermão, rolou até puxão orelha.

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Por mais que tentasse controlar, Adie ficou ansiosa pelo encontro, ela tentou não focar na redução do tempo até o dia e hora marcados, mas foi difícil – o countdown impregnado só não agravou o nível de ansiedade porque ela continuou conversando com Derry.

— Que cê vai fazer hoje a noite, bebê?

— Ficar em casa, de boas, só nas séries, por quê?

— A gente vai sair amanhã, mas queria dar uma passada aí hoje, pra gente conversar pessoalmente.

— E precisava pedir? Cê já tem minha localização, ainda não veio por quê? – Foi o que ela disse, toda afoita e cheia de sorrisos, ao ouvir o áudio, mas limitou-se na resposta. – Pode ser.

— Então passo lá, depois do serviço, por volta das dez.

— Vô te esperar.

Adie, ansiosa, mal chegou em casa e já foi contando, toda feliz, o pai compartilhou da emoção, já a mãe ainda estava meio cismada. Após tomar banho, ela se arrumou e ficou esperando o crush no quarto.

— Adie, acorda, está na hora.

— Oi? – Ela acordou desorientada, com o pai bateando à porta, estava tudo um breu só. Adie mal sabia quem ela mesma era, onde estava e por que motivo o pai a estava chamando.

Quando a mente clareou, lembrou que precisava levantar porque tinha consulta cedinho, apesar de madrugar não ser uma das coisas que mais amava, pelo menos ficava livre logo de uma vez daquilo pra ficar de sossegada o resto do sábado, ainda mais porque a noite ia sair com o gatinho do Derry.

— Poutz! Não creio que esqueci que ele vinha aqui. – Adie bateu na própria testa. – Mãe, pai, por que cês não me chamou quando o Derry veio aqui, não avisei vocês? – Ela mal levantou e já invadiu o quarto dos pais pra brigar com eles.

— Filha, dá pra esperar a gente acordar direito? – A mãe tacou o travesseiro na cara dela.

— Hey! Isso não se faz, mãe.

— Digo o mesmo! Você vem atrapalhar meu sono tão bom. – A voz de Sonie era pura preguiça.

— Adie, ninguém chamou.

— Mas ele veio aqui e ficou me esperando mó cota. O Derry mandou mensagem quando chegou, vinte minutos depois e quando foi embora.

— Ah! Bem que vi um carro diferente mesmo, mas como não buzinou, pensei que fosse alguma visita dos vizinhos, eles acham que nosso portão é estacionamento e sempre deixam os carros aqui.

— Ai, pai, não acredito! Por que cê não me chamou?

— É que você estava num sono tão gostoso que não quis te acordar.

— Só espero que o Derry não tenha ficado bolado. – Ela pensou em voz alta.

— Pai, só acho que cê devia começar a cobrar. – Ryan surgiu, de repente.

— Credo, coisa ruim, me assustando uma hora dessas!

— Coisa ruim é você, tá logo cedo berrando pra derrubar a geral das cama!

— E do que cê tá falando, garoto, pro pai cobrar pra me dar recado? – Adie fez uma cara de desafio.

— Adie, para de se achar, vai! Tô falando da folga dos vizinhos. – E virou pro pai. – Cê devia cobrar, até em shopping, onde a gente vai pra gastar tem que pagar!

— Olha só! Parece que tem um pouco de cérebro em algum lugar nesse espaço oco aí. – Adie deu umas batidinhas na cabeça do irmão, como se fosse maneira e rachou de rir.

— Claro que tem, mas só uso quando precisa! Já em ralação a beleza, acho que ficou toda pra mim! – Ele virou o celular pra ela e Adie viu o quanto estava descabelada.

— Peraí, que cê vai fazer com isso, irmão mais lindo do mundo!? – Ela tentou sorrir, mas estava tensa, enquanto as bochechas queimavam.

— Nada de mais!

— Ufa!

“Não deixe que seu excesso de cuidado seja desculpa pra machucar as pessoas com quem você realmente se importa.”

— Só postei no Stories! – Ryan mostrou o celular de longe e correu pro banheiro, se sentindo vingado por ter sido delatado pelos nudes.

— Peste, te mato!

— A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena! – Ryan berrou lá de dentro.

— Ryan, sai daí agora!

— Cê é doida? Tenho amor a minha vida!

— Tenho consulta logo cedo, peste! Sai, se não vô me atrasar.

— Daqui eu não saio, daqui ninguém me tira! – Ele começou a cantarolar.

— Ô, mãnhêee! O peste do Ryan tá fazendo h no banheiro! – Adie berrou pra vizinhança ouvir.

— Sai logo daí, Ryan! – Sonie ralhou pra porta.

Aproveitando que a mãe estava ali, ele abriu a porta e a usando como escudo fugiu da irmã.

Adie demorou um pouco pra mandar mensagem pra Derry, porque ficou sem cara depois de dar bolo nele, mas quando mandou já foi se desculpando.

Pra sua surpresa ele disse que não tinha problema, apensar de estar com maior vontade de vê-la na noite anterior, entendia que ela estivesse cansada demais.

— Só teve uma coisa ruim nisso.

— O quê? – Adie quis saber, já preocupada.

— É que o chocolate que comprei pra você não durou nada, cabei comendo tudo.

— Olha só, que draga!

— Como não tinha o que fazer, fiquei ansioso e quando fico assim como o que tem na frente.

Ao ouvir isso Adie ficou meio sem jeito, mas Derry continuou conversando normalmente, sem se prender a mancada, dizendo que isso só aumentou a vontade de vê-la logo.

— Ainda bem que faltam só algumas horas, se não nem sei como ia fazer. – Ele soltou aquela risada tão característica que ela amava ouvir.

Logo depois de chegar da consulta, Adie correu pra cozinha pra tomar café, pegou uma cumbuca branca de porcelana, e encheu de bolo de chocolate cortado em pequenos cubos e encheu de leite gelado. Ela amava fazer isso, ainda mais enquanto assistia Ano Hana, no Netflix, pra ela não tinha combinação melhor do que um bolo de chocolate com leite e um bom anime logo de manhã.

Lá fora o dia estava lindamente ensolarado, como se o tempo estivesse antevendo o quanto hoje ia ser especial, Adie se sentiu mais inspirada ao vê-lo, então foi ajudar a arrumar a casa. O contentamento era tanto que a mãe até estranhou toda aquela boa vontade, ainda mais num sábado que a filha acordou cedo pra ir ao médico.

Tanta felicidade fez o tempo voar, ainda mais ocupada como estava. Faltando três minutos pro horário marcado, uma buzina soou na frente da casa da família Palmer.

— Adie, o Derry chegou! – O paizão avisou.

— Diz pra ele que já vou.

“Além de gatinho e fofo, ainda é pontual. Ele não para de somar pontos de vantagens”

— Não quer que diga pra ele entrar?

— Precisa não, pai, a gente tá com pressa.

— Hey, mocinha! Na onde cê vai assim? – Ryan reclamou ao ver a irmã se aproximando da escada.

— No encontro com o Derry. – Ela sorriu. – Que cê achou? – Adie deu uma volta.

— Curti não! – Ryan torceu o nariz.

— Mas, por quê, não tá legal? – Adie começou a se sentir insegura.

— Tá pegável de mais e esse que é o problema!

— Como assim!? – Adie olhou pra própria roupa e ficou sem entender onde estava o problema.

— Cê tá piriguete demais, vai botar algo mais decente, Adie!

— Mas…

— Não acho bom cê sair assim.

— Filha, você não vai descer, faz meia hora que o garoto chegou. – A mãe avisou, do pé da escada.

“Não se importe tanto com o que os outros estão pensando, se não você nunca vai ser feliz.”

— Vô mais não, mãe!

— Como assim? – Sonie esperou a filha descer. – Você estava tão animada.

— Mas não tô mais a fim! – Ela estava toda bicuda.

— Você estava toda empolgada, que foi que houve? – Sonie ficou preocupada.

— É que o Ryan disse que tô piriguete. – Um misto de vergonha e chateação tomou-lhe o rosto.

— Oras! Liga pro seu irmão não, você sabe como ele é ciumento.

— A senhora não acha que tô piriguete?

— Você está linda, filha! – Sonie sorriu docemente, enquanto acariciava a cabeça de Adie.

— ‘Brigada, mãe! Cê sabe como me deixar melhor. – A expressão dela mudou total, transformando-se num sorriso encantador.

— Filha, só mais uma coisa.

— Sim, mãe?

— Certeza que esse Derry é mesmo confiável? – A preocupação de Sonie era nítida.

— Sim, mãe, conversando deu pra conhecer bem ele e a gente vai no shopping, lá é cheio de gente.

— Tudo bem, filhinha, se cuida! – Adie até estranhou, esperando a mãe reclamar, mas tudo que ela disse foi isso, então se deu conta que toda pegação de pé era apenas preocupação, daí abraçou forte a mãe, lhe deu um beijo e saiu.

— Precisava ser tão implicante com sua irmã, Ryan?

— Mas, mãe, cê viu os pano dela? – Ele tentou se justificar ao entrar na sala.

— Sim e estava linda!

— Tava é… – Ao ver o olhar de Sonie, Ryan pegou mais leve. – Ah! Ela não precisava de tudo aquilo!

— Você não precisava falar daquele jeito com sua irmã, ela ficou chateada. Não deixe que seu excesso de cuidado seja desculpa pra machucar as pessoas com quem você realmente se importa! – Sonie sorriu e saiu, deixando o filho com muito o que pensar.

Quando Adie passou pelo portão, viu o pai no maior papo com Derry, a conversa parecia tão boa que o crush mal lhe deu atenção quando entrou no carro, ela só ficou observando e rindo.

— Vâmo? Se não a gente vai perder o filme. – Ela interrompeu uns bons minutos depois, se não era capaz de nem saírem mais.

— Verdade, deixa eu ir lá, seu Deepak, foi um prazer te conhecer!

— O prazer foi todo meu! Se cuidem, viu!?

— Pode deixar, pai.

Deepak ficou olhando até o carro chegar ao final da rua e virar de esquina, sumindo das vistas.

— Desculpe a demora, é que não tava achando minha carteira da sorte.

— Relaxa, tava num papo tão bom com seu pai.

— Isso percebi, cê tava até me esquecendo já.

— Jamais! É mais fácil cê fazer isso. – O comentário a fez enrubescer, ao lembrar da mancada da noite anterior. – É que a conversa tava boa mesmo, seu pai é mó firmeza! Bem atencioso ele.

— Às vezes até demais! – Ela ficou aliviada por Derry não insistir no assunto de quem esquecia quem.

— E isso não é bom?

— O problema é que ele é preocupado demais.

— Que pai não é? Ainda mais com uma filha linda dessas! – Ela sentiu as bochechar corar novamente, mas agora a sensação era outra, então se desfez em sorrisos.

— Só que ele pesa demais.

— Ainda é melhor que não se importar.

— Cê só diz isso porque ele não é seu pai.

— Aaah! Para, cê deve tá exagerando. – Ele riu.

— Se não acredita, então pega ele pra você.

— Olha que a ideia é boa, assim a gente podia trocar umas ideias na hora do jogo do Coringão.

— Como cê sabe que meu pai é corintiano?

— Alguém inteligente como o Deepak, só pode! – Derry piscou. – Brincadeira, ele me disse! – Ele riu.

— Bobo! – Foi a vez de Adie rir também. – Acho melhor esquecer o que falei!

— Ué, já mudou de ideia?

Ficando esperta

— Claro! Se não, cês me esquece de vez. – O comentário fez Derry soltar uma risada que preencheu todo carro, ao tocar os ouvidos de Adie, a vibração fez cócegas pelo corpo e ela não teve como não rir também, ainda mais ao se imaginar perder o boy pro próprio pai.

A imensa fila, do cine, permitiu conversar um pouco mais, embora Adie ficou parecendo semáforo, como Derry era bem cinestésico, toda vez que a tocava, ela enrubescia.

Após chegar no guichê demoraram pra escolher o filme, negociando qual a melhor opção, o melhor acento, se valia mesmo a pena optar pelo filme X, Y ou Z.

Quem não gostou nada foi a galera da fila, que já tinha crescido outra vez – parecia nem ter diminuído – a atendente procurou ser o mais simpática possível, mas o casal era indeciso demais.

Quando ela estava quase perdendo a paciência – com o pessoal da fila isso já tinha acontecido faz tempo, mas mesmo com as reclamações, nenhum dos dois ligou, já que também tiveram que esperar bastante – acabaram optando por um filme de ação que a geral estava assistindo e prometia ser bom.

No fim, nem precisava de tanta demora pra escolher, já que as intenções eram outras, mas Derry queria que fosse tudo perfeito pra Adie.

O filme era realmente bom e impactante, com várias cenas de tirar o fôlego, isso já no começo, Adie ficou vidrada a ponto de se quer piscar – quem a visse assim ia perceber o quanto estava entretida, agora se perguntasse de qual parte gostou mais, ela não ia saber dizer nem o que estava assistindo.

Toda a aparente atenção, que a fez grudar os olhos na tela, era devida a um nervosismo tão grande que a impediu de olhar pros lados.

Então, numa das cenas, a mão de Derry acariciou-lhe o braço, apesar de permanecer imóvel, ao primeiro toque, um arrepio se espalhou pelo corpo, até que a pele começou aquecer.

Ao olhar pro lado, Derry estava bem próximo, instantaneamente uma força a puxou pra direção dele e eles se beijaram até ela precisar de fôlego, enquanto o corpo era inundado de hormônios que liberavam as mais intensas sensações. Após isso ela conseguiu relaxar total e o nervosismo se mandou.

As carícias continuaram, enquanto a mão esquerda dele se entrelaçou na dela, a direita começou, suavemente, a desenhar-lhe os lábios, sem resistir ela mordeu-lhe o polegar.

Gostando da brincadeira, Adie contornou os lábios de Derry, mas quando ele fez o mesmo, uma explosão de sentimentos bons explodiram dos rins, espalhando pelo abdômen que foi ficando dormente, até a sensação espalhar pelo resto do corpo e, enquanto a temperatura aumentava, ele ficou mole, permitindo uma maior entrega em cada beijo, mas cada vez que os lábios se tocavam, encontrando o céu e tudo que tinha por lá, uma descarga a revigorava ainda mais.

Entre tantas carícias e beijos, talvez fosse difícil dizer de qual ela gostou mais – já do filme, Adie sabia dizer nada mesmo – mas o que a deixou mais encantada foi o fato de Derry deixar o braço entre o encosto e sua cintura, algo meio bobo, mas que a fez se sentir tão segura e protegida naquele instante em que um pertencia ao outro.

Dessa forma eles continuaram no escurinho aconchegante que só o cine permite, sentindo o quanto era bom quando um pegava o outro olhando pra si e o sorriso enchia o rosto até se desfazer em beijo.

Casal apaixonado no metrô

Ao terminar a sessão, quando Derry tentou pegar a mão de Adie, ela retirou a sua, enquanto enrubescia, então ele abraçou seu ombro e eles foram pra praça de alimentação, atrás de comida japonesa.

— Derry, não! – Adie disse timidamente retirando a mão de sob a dele.

— Mas por quê, cê não gosta?

— Não é isso… é que tenho vergonha. – As bochechas confirmavam isso.

— Adie, não se importe tanto com o que os outros tão pensando, se não cê nunca vai ser feliz! Tá certo que cê é linda demais, mas ninguém tá olhando pra cá. – Ela olhou em volta e viu que era verdade.

— Sei… – Ao ouvir isso, Derry aproveitou pra pegar a mão dela. – …ainda assim fico sem jeito. – Ela abaixou o rosto, sem conseguir encará-lo. – Desculpe!

— Hey! Tem nada que se desculpar. – Derry a segurou pelo queixo até os olhos de ambos estarem no mesmo nível. – Só quero te fazer feliz e se você prefere assim, tudo bem. – E ele sorriu tão intenso que foi o mesmo que riscar um fósforo e botar fogo nela, acendendo-lhe ainda mais as bochechas.

— Vocês formam um casal lindo! – A atendente disse quando foram devolver as bandejas.

— Obrigado! – Derry sorriu educadamente.

— Estava só vendo vocês e, shippo muito.

— Nossa, que legal! Acredito que com sua torcida vai sim. Obrigado novamente e tchau.

— Tchau! – Ela acenou, eles responderam de volta e se foram.

— Tá vendo só? E você aí constrangida!

— Cê disse que ninguém tava vendo.

— Mas, Adie… – Ele se interrompeu ao ver ela estava vermelha outra vez. – …não precisa ficar assim, ela achou a gente maior fofos. – Ele disse enquanto segurava o rosto dela.

Quando ela o olhou, ele aproveitou pra roubar um beijo.

— Hey! – Ela bateu de leve no peito dele. – Isso não vale!

— É memo?

— Sim! – Ao ouvir isso Derry saiu correndo. – Que é isso? – Ela quis saber, levantando as sobrancelhas.

— Pega eu! – Ele continuou.

— Mas será possível? – Ela ficou sem acreditar, vendo ele ficar cada vez mais distante. – Peraí, peste! – Vendo que não adiantava ficar parada, Adie também correu.

Ao chegar no carro estava sem ar, olhou lá dentro e não viu Derry, em volta também não o achou.

— Parabéns, você chegou ao seu destino! – Ele brotou do nada.

— Derry! – Ela bateu nele. – Fica me assustando, tá parecendo o peste do meu irmão.

— Como me achou merece recompensa. – Ele sorriu todo manhoso e a puxou pela cintura, depois disso não foi preciso dizer mais nada, apenas deixar acontecer o eclipse dos lábios, enquanto as mãos percorriam os altos e baixo dos corpos.

Quando os lábios de Derry desceram pro pescoço de Adie, ela ouviu uma risada inocente ao pé do ouvido que aqueceu com a respiração exalada, enquanto a boca dele provava o perfume fixado na pele sobre a carótida – isso a atingiu de um jeito que ela até sentiu dificuldade pra entrar no carro.

Daí eles seguiram rumo a casa dela, chegando lá Derry desligou o farol e eles ficaram conversando e, enquanto a lua resplandecia, a hora foi se perdendo em meio ao brilho das estrelas.

— Pensei que cê fosse mais… – Enquanto se beijavam, ela desceu a mão e acabou passando na abertura da camisa dele, então repetiu o gesto algumas vezes pra se certificar do que o tato percebeu.

— Peludo? – Ele completou, achando graça.

— Sim. – Adie se tocou e ficou com vergonha.

— Essa barba aqui é porque uso remédio, se não só teria uns bigodes de gato. – Derry sorriu massageando a barba, fazendo Adie gargalhar.

— Ufa! – Isso deixou claro que ela não gostava de pelos, apesar de o achar lindo de barba.

Derry, achou graça da resposta sincera, então se aproximou e a beijou, até Adie se afastar de repente.

— Tá vendo!? Que foi que te disse? – Adie sentiu o celular vibrar pela quarta vez.

— Por que cê não atende seu pai? – Derry sorriu, ao vê-la guardar o celular.

— É que agora tô ocupada demais! – E Adie segurou a gola da camisa dele, puxando-o pra si.

Um bom tempo depois eles se despediram e ela desceu, Derry entrelaçou os dedos entre os dela e sem se fazer de difícil ela entrou novamente, deixando a porta aberta, e eles se beijaram até não restar mais ar, pra finalizar ela deu mais alguns beijinhos e se foi, sem um querer largar a mão do outro.

A vontade de Adie era continuar ali, até o encantado a conduzir pro seu flat, onde os dois podiam viver felizes pra sempre, mas ela precisava entrar, até porque Deepak já tinha ligado várias vezes.

Derry esperou ela entrar e sumiu, enquanto Adie sentia chão deslizar sob os pés.

— Adie, por que não atendeu o pai? Onde você estava até uma hora dessas?

— Pai, não precisava ficar me rastreando, eu tava aí na frente.

— Te falei pra não se preocupar, amor.

— Está bem, mas dá próxima, pelo menos, manda mensagem, você sabe como fico.

— Tudo bem, pai, desculpa.

— E aí, como foi, filha? – A mãe quis saber.

Adie contou o quanto foi especial o encontro, dava até pra ver coraçõezinhos a saltar dos olhos, mas apesar de contente por poder falar ela não conseguia parar de pensar em Derry e de quando ia poder conversar novamente com seu arroba perfeito.


#proximoepisodio

O encontro fez Adie ficar ainda mais a fim de Derry e aí que eles não pararam mais de conversar, aproveitando isso e a aproximação do feriado, ele faz um convite bem especial, a deixando nas nuvens.

Cheia de expectativas, Adie segue com o encantado pro encontro, mas, ao chegar lá não era bem o que ela esperava, ainda assim tudo sai muito melhor do que esperou, fazendo-a ficar mais a vontade com as carícias do encantado – será que agora ela perde, de vez, a vergonha?

Ósculos e amplexos,

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