O sonho brinca com a realidade, ao misturar todo nosso potencial criativo com as belezas naturais que enchem os olhos de graça e o peito de calor. Mas existe um paraíso que até nossos sonhos só podem arranhar a perfeição.
Um ser constituído de barro, cuja matéria é moldada por cada escolha, que transforma a psique e também o físico, pode se deformar total quando caminha pelo Vale da Sombra da Morte.
Rever a crush basta pra acender o mesmo sentimento e vontade de quando sua existência se fez presente. É ser assaltado por uma tempestade de sensações que agita prazer e insegurança de uma só vez.
No caminhar chamado vida, podemos alcançar o amor. Apesar de sermos completos, sua chegada estende o entendimento de quem somos, revelando a melhor parte de nós, nos braços do outro.
Existe limite pro que nos faz feliz? Aliás, será que tudo que traz felicidade é realmente bom? E se a gente estiver errado e a busca do prazer só servir pra nos perder em possibilidades sem fim?
Mesmo com decisões inconsequentes, que despertam reações diversas, o amor real traz intensidade que nos faz experimentar algo além do natural, ao envolver com sua profundidade.
Tanta coisa acontece longe dos olhos alheios, no silêncio do pensar, nas práticas desinteressadas; no tempo de ócio, quando a gente se encontra apenas conosco e as sombras.
Mirar o espelho pode revelar algo que em nada lembra quem fomos, ou que jamais desejamos ser. É que enquanto corre o tempo, a gente se distancia do que foi até nos desconhecermos total.
Os sons ficam interessantes ao ponto de fazer chorar – mas e quando o ser amado vai embora e nos deixa?
O que acontece quando a pessoa que amamos se vai e a gente se pega só? Como as coisas ficam após essa partida?
Um encontro de olhares, ainda que curto, pode durar o suficiente pra espalhar cor a nosso mundo interno e despertar desejos, deixando saudade quando a distância se faz presente.
Quando pequenos, desejamos crescer logo, afinal, criança não pode tanta coisa e os adultos parecem estar sempre proibindo tudo – sem falar no monte de coisas legais que podem fazer e a gente não.
Mas daí a gente cresce, surge um monte de responsabilidades, compromissos e obrigações e nos pegamos lembrando como era bom ser criança, quando se podia aproveitar de verdade. Só que o tempo não volta ou avança pro ponto que a gente quer – apesar de estar passando cada vez mais rápido, rumo ao que desde o princípio se definiu.
Por maior que seja a quantidade de palavras, elas parecem perder todo o sentido quando falamos de alguém querido, pior ainda quando tentamos expressar o quão especial ele foi em vida.
Nesses momentos em que falar ou mesmo escrever parece não ser suficiente, a melhor forma de homenagear quem já não está mais fisicamente conosco é lembrar de como a pessoa viveu feliz e de sua forma única de ver e compartilhar a vida.