Noel Rosa pode ter ficado perdido ao decidir com que roupa ir pro samba que o convidaram, mas se tivesse optado pela camiseta teria acertado, sem chances pra erro. Item descolado, difícil é imaginar quem não possua ao menos uma camiseta, desde pessoas com menor poder aquisitivo até as que pertencem às altas camadas da sociedade.
Peça curinga, serve pra compor qualquer estilo, tendo surgido durante a Revolução Industrial, quando novas máquinas de produção de malha começavam a fazer parte da indústria têxtil.
Vestindo a camiseta
Pode até parecer estranho, mas ela surgiu como roupa de baixo. Sendo usada pra poupar a camisa do desgaste, transpiração ou como proteção extra contra o frio – se bem que algumas pessoas ainda a utilizam com esta finalidade.
A camiseta também é chamada T-shirt – ou apenas Tee, na gíria inglesa – devido ao formato parecido com a letra T, por causa das suas mangas (curtas ou compridas), ou camisolas em Portugal.
No início, confeccionada em malha de algodão (cotton), passou a ser construída em diversos materiais, como poliéster, dry fit ou mesmo utilizando elastano. Tudo pra permitir uma melhor modelagem ao corpo, melhor absorção de suor e ventilação; além de modelos com gola careca, em V e até em U.
A parir da década de 1950, virou figurino das estrelas de cinema, como Marlon Brando e James Dean. Na mesma época se tornou símbolo de contestação, foi quando surgiram as versões estampas com frases, algo que se tornou símbolo da mesma.
Apenas nos anos 60 a camiseta passou a ser vista como marca jovem e uma década mais tarde, com o jeans e o tênis se firmou como uniforme oficial da galera jovem ou de espírito jovial.
Por aqui, elas passaram a ser produzidas, em meados do século XIX, apenas após a instalação de unidades específicas nas unidades de confecção de algodão, na Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Hoje é traje fashion que transmite atitude e personalidade. É uma peça contemporânea e quase tão indispensável quanto peças íntimas.
Abandone o barco, não a regata
Já a regata, ou blusa cavada em alguns locais do Brasil, conhecida como top em sua versão feminina – em inglês é wifebeater, tank top ou muscle-shirt – é uma camiseta fechada sem mangas, mais usada em atividades esportivas ou como pijama.
A provável origem de seu nome pode estar ligada aos remadores que a utilizavam durante as provas de regata, já que permitem melhor ventilação. A regata se constitui de uma competição de veleiros, concorrendo pelo troféu de maior velocidade – o que exige agilidade, logo faz transpirar em excesso.
É bastante usada por corredores, confeccionadas em malha especial que se adere ao corpo, sem atrapalhar ou causar incomodo. Por ser mais aberta exibe mais partes do tronco, razão porque é a escolha de body builders – daí seu nome muscle-shirt em inglês.
Leve e arejada, sua utilização é obrigatória no calor, principalmente em países de clima tropical, como o que temos por aqui. Independentemente de ser camiseta ou regata, o importante é ficar estiloso com algo que bonito e que nos deixe a vontade e confortáveis – estar na moda não é ser escravo de marcas, mas saber vestir-se bem.
Pra ficar fashion
Camiseta cai bem desde o estilo largadão até o social pinguim, basta escolher o modelo certo. Separei duas opções descoladas que vão além o padrãozinho básico pra você ficar topzeira – inclusive vocês, garotas – e ainda ajudar o blog. 😜
Camiseta de manga curta – Por seu tecido facilitar a transpiração corporal é ideal pra prática esportiva e dias mais quentes. Básica combina com o social casual e está disponível em 4 cores e tamanhos, apesar de possuir um bom caimento seu corte é reto o que a deixa mais folgada no corpo.
Regata Longline Oversized – Modelo unissex alongado, com barra oversized e bainha refilada. Disponível em sete tamanhos, sua construção em 100% algodão garante conforto e graças ao corte slim feito a laser se adapta bem ao corpo.
Regata Bio (Feminina) – Regata com modelagem alongada, ideal para usar com legging ou shorts durante a prática esportiva. Seu tecido em poliamida a torna leve e macia, além de possuir tecnologia que evita a proliferação de odores.
Ósculos e amplexos,
Autor de Interrompido – A curva no vale da sombra da morte, é um cara apaixonado total por música, se deixar não faz nada sem uma boa trilha sonora. Bota em suas histórias um pouco de seus amores e do que sua visão inversível o permite enxergar da vida.